Ca’d’Oro reabre suas portas depois de quase sete anos
“Estou muito feliz por devolver a São Paulo um ícone da sua hotelaria”. É assim que Fabrizio Guzzoni, gerente Geral e herdeiro da marca, fala da reabertura do Hotel Ca’d’Oro. Após quase sete anos fechado, o hotel voltou a funcionar no último dia 3, no mesmo e tradicional endereço da Baixa Augusta. O Ca’d’Oro fechou as portas em 2009 e passou por uma reforma total. Seu antigo prédio de 400 apartamentos foi derrubado e no lugar surgiu um empreendimento de duas torres que abriga um residencial, escritórios e os novos 147 apartamentos do hotel.
Segundo Guzzoni, que já é a quarta geração da família a frente da marca, quando fechou, o hotel já estudava estratégias para se manter relevante no mercado. “Tivemos um período de desvalorização do centro com a saída das empresas da região. Com a queda na ocupação, a ideia era reformar um dos prédios no hotel ou até mesmo vendê-la. Foi aí que apareceu a construtora nos propondo uma parceria para a construção do complexo que temos hoje”, contou.
Desde o início, o plano foi reintegrar ao projeto a tradicional marca Ca’d’Oro. De acordo com o gerente, quando saiu a notícia do fechamento do hotel a reação foi imediata e os novos investidores perceberam se tratar de uma excelente oportunidade. “A história do hotel se mistura com a da cidade. É um privilégio poder fazer parte desse momento interessante de valorização do centro. Tenho certeza que a reabertura ajudará a revitalização e atração de pessoas para o centro”, disse.
Apesar de o novo empreendimento ser moderno, algumas características do antigo permanecem. Obras de arte do antigo Ca’d’Oro foram guardadas pela família e hoje estão espalhadas pelo novo prédio. Alguns ex-funcionários foram inclusive readmitidos para a nova fase da marca. “É importante que mantenhamos o hotel com um ambiente familiar. Sempre tivemos uma baixa rotatividade de funcionários e isso ajudou a personalizar nosso atendimento. Hoje o hotel não é mais um cinco estrelas, mas o serviço continua sendo”, declarou.
De acordo com Renato Noel Alarcon, gerente de Vendas, mais de R$ 300 milhões foram investidos no projeto interior. O hotel tem um perfil corporativo, mas também atende ao público de lazer que vem a São Paulo nos finais de semana. “Há muitos shows e teatros na região, além do turismo de compras. O hotel possui piscina, sauna, fitness, salas de eventos e o tradicional restaurante que atende tanto hospedes como passantes”, comentou. Segundo ele, atualmente, 20% das habitações já estão em operação. A previsão é que até o final do ano o hotel já esteja 100% em operação.