Cenário geopolítico e econômico faz Air France-KLM ligar o sinal amarelo
A indústria de aviação comercial conheceu, nessa quinta-feira (16), os resultados finaceiros e operacionais do grupo Air France-KLM em 2016. As transportadoras registraram um lucro líquido de US$ 834,4 milhões no período, cerca de 700% a mais do que foi somado em 2015 (US$ 125 milhões), aumento real de US$ 718 milhões. Os ganhos operacionais também tiveram alta e chegaram a US$ 1,15 bilhão durante os 12 meses do ano passado, um aumento de cerca de US$ 300 milhões, ou US$ 570 milhões caso os efeitos cambiais sejam excluídos.
“Em meio a um ambiente contrastante, a Air France-KLM conseguiu apresentar melhorias em seus resultados em 2016, refletindo as iniciativas e esforços de seus funcionários, e a fidelidade de seus clientes. Enquanto a queda no preço do combustível ajudou o grupo a reduzir os gastos operacionais, o contexto geopolítico, a concorrência e o excesso de capacidade da indústria resultou em uma menor Receita por Milha para Cada Assento Disponível (Unit Revenue – RASM, em inglês)”, disse o CEO Jean-Marc Jannailac.
Ao todo, 93,4 milhões de passageiros foram transportados pelas companhias francesa e holandesa, aumento de 4,0% com relação aos 12 meses de 2015. A receita, por sua vez, teve uma queda de 3,3% e chegou aos US$ 26,4 bilhões. Outra boa notícia está na constante queda dos gastos operacionais, que teve um decréscimo de 1% em linha com as projeções e queda de 1,7% ao excluir os impactos de greve e gastos com a participação de lucros da equipe. O lucro ajustado por sua vez (EBITDAR) teve um ganho de 0,5 p.p se comparado ao período anterior que teve fim no dia 31 de dezembro de 2015.
PREVISÃO PARA 2017
O grupo ainda fez uma previsão sobre este ano. Logo de cara, espera que as incertezas políticas e econômicas, e o atual ambiente do mercado, com uma super capacidade, elevará o nível de incertezas com relação aos números deste ano. Para a Air-France KLM, a resiliência, que é nada mais do que a capacidade de lidar com problemas e adaptar-se a mudanças, já começa a atuar este ano. A ideia é apresentar um crescimento inteligente de operações de passageiros, com um aumento de capacidade esperado entre 3 e 3,5% (ASKs).
“Com o nosso projeto estratégico denominado de Trust Together, estamos totalmente compromissados em retomar nossa ofensiva, reforçar nossas habilidades de inovação e melhorar a competitividade. Num cenário econômico e político que ainda permanece incerto, além da atual agressiva concorrência, permanecer do jeito que estamos não é mais uma opção”, finalizou o CEO Jean.