Apesar de queda no tráfego, Gol fecha 1T16 com lucro líquido de R$ 757 milhões

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Gol registrou aumento no lucro líquido no 1T16

Como divulgado pelo ME nessa quarta-feira, a Gol enfim retomou o tão esperado lucro líquido, que não aparecia nos resultados da companhia desde 2011. Apesar dos R$ 757 milhões em ganhos neste 1T16, a Gol viu a capacidade (-5,9%) e demanda (-6,6%) despencarem, com destaque para a queda só no mercado internacional, que superou os 18%.

A taxa de ocupação no 1T16 também sofreu uma queda (-6%), chegando ao valor e 77,5%. No mercado doméstico caiu para 77,3%, o que representou uma queda de 1,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período em 2015. Em relação ao mercado internacional, a companhia aérea teve um resultado positivo, com taxa de ocupação 5,8% maior que no ano passado no trimestre, chegando ao valor de 78,4%.

A receita líquida também teve bons números no período, com um aumento de 8,3%, chegando ao valor de R$2,7 bilhões. Nos últimos 12 meses, a quantia foi de R$10 bilhões. As receitas auxiliares e de cargas, por sua vez, recuaram (-1,3%) no 1T16 para R$274,2 milhões, representando 10,1% da receita líquida total. As receitas auxiliares e de cargas dos últimos 12 meses somaram R$1,2 bilhão.

A desvalorização do Real (-36,0%) frente ao Dólar médio do período, na comparação anual, fez com que o CASK, excluindo gastos com combustível e eventos não recorrentes, registrasse no 1T16 um aumento de 16.9%. O resultado operacional recorrente (EBIT) no mesmo período foi de R$224,6 milhões, com margem de 8,3%. Com a exclusão dos eventos não recorrentes, o EBITDAR foi de R$663,2 milhões no trimestre, com margem de 24,4%. O ganho não recorrente com o retorno de aeronaves em arrendamento financeiro e os ganhos com operações de sale leaseback geraram um lucro de R$212,6 milhões.

A valorização do real com relação ao dólar norte-americano e o evento não recorrente foram de R$653,5 milhões e de R$212,6 milhões, respectivamente. Excluindo as variações cambiais e o evento não recorrente, o prejuízo líquido da Gol, antes dos impostos, foi de R$42,7 milhões, chegando ao lucro líquido do trimestre de R$757,1 milhões, como dito acima.

No trimestre, a companhia encerrou com uma posição de caixa de R$1.815,1 milhão e uma queda de 21,1% na comparação com 31 de dezembro de 2015, representando 18,2% da receita líquida dos últimos doze meses (UDM). O caixa-livre ficou em R$658,4 milhões (6,6% da receita líquida UDM), se desconsiderados o montante detido pelo Smiles e o caixa restrito. Por fim, a alavancagem financeira (dívida bruta ajustada/EBITDAR) encerrou o trimestre em 9,4x, frente aos 7,3x apurados no primeiro trimestre de 2015.