
O Cânion do Peruaçu, norte de Minas Gerais, virou Patrimônio Mundial Natural, agora na seleta lista da Unesco. O título, anunciado diretamente de Paris, carimba não só a relevância geológica e ecológica desse tesouro mineiro, mas também seu valor arqueológico e paisagístico — um convite aberto aos apaixonados por natureza bruta, muralhas de pedra e arte pré-histórica a céu aberto.
No coração do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, com mais de 56 mil hectares, o cânion é roteiro obrigatório para quem busca trilhas de perder o fôlego, mirantes de tirar suspiros e passarelas que guardam sítios arqueológicos tão preciosos quanto raros. Cada visita é acompanhada pelos condutores ambientais do ICMBio, obrigatórios e treinadíssimos, garantindo a experiência e o respiro seguro no universo das cavernas mineiras.
Para o viajante curioso, o parque oferece um menu de encantos: a Gruta do Janelão, com salões monumentais e paredões cravejados de pinturas rupestres; a Trilha do Arco do André e uma sequência de grutas de nomes poéticos — Bonita, do Índio, Lapa dos Desenhos, Gruta do Rezar, do Caboclo, do Carlúcio. Não faltam paredes grafitadas por mãos ancestrais, mistério no ar e aquela sensação de ter atravessado portais do tempo.
No embalo desse novo status aparece a RedeTrilhas, programa que costura áreas de natureza, cultura e aventura, conectando destinos únicos e tirando o Brasil do lugar-comum do roteiro. Uma ferramenta inteligente de turismo responsável e desenvolvimento sustentável, que transforma trilha em estrada de emprego, renda e novas possibilidades para quem vive — e ama — o território.
A dica? Prepare as botas e afie o olhar: o Cânion do Peruaçu está no radar do mundo — pronto para ser vivido, celebrado e transformado em memória inesquecível de quem se atreve a ir além do óbvio.