Entre a floresta e a cidade: projeto Cosmogonias é um mergulho na cultura indígena

Projeto Cosmogonias. Crédito: MAR+VIN
Projeto Cosmogonias. Crédito: MAR+VIN

A CAIXA Cultural São Paulo, na Praça da Sé, recebe até 22 de junho o projeto Cosmogonias, uma imersão em saberes indígenas conduzida pelo escritor e educador Kaká Werá. A proposta é simples: desacelerar e escutar. Através de vivências, oficinas e uma exposição sensorial, o evento convida o público a repensar sua relação com a terra e com os povos originários.

O espaço cenográfico, assinado por Thaísa Kleinubing, transforma o concreto da cidade em um ambiente de floresta. Com chão de terra batida e estruturas de bambu, o ambiente é mais do que estético — é sensorial. A exposição Encantados, que ocupa o centro da mostra, reúne esculturas e objetos ritualísticos que tornam visível o universo mítico de diferentes etnias.

Na programação, seis vivências com nomes como Márcia Kambeba e Cristino Wapichana discutem território, memória e resistência. As vagas são limitadas e preenchidas por ordem de chegada. Duas oficinas completam o circuito: no dia 11, Auritha Tabajara ensina grafismo indígena; no dia 18, o Coletivo Kari conduz a criação de filtros dos sonhos.

A curadoria de Werá, descendente tapuia acolhido pelos guarani, dá o tom de continuidade a uma cultura viva e em movimento. Cosmogonias marca ainda a estreia do Movimento Caipora, projeto de Felipe Sassi, e integra a programação oficial da CAIXA Cultural 2025. Um encontro necessário entre tradição e contemporaneidade.

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