Unesco reconhece a Pampulha como Patrimônio Mundial da Humanidade

O Conjunto Moderno da Pampulha conquistou o título de Patrimônio Mundial da Humanidade. A decisão foi tomada durante a 40ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), realizada em Istambul, na Turquia.

A indicação da Pampulha foi ratificada pelos 21 países integrantes do comitê, por consenso, informou o Ministério da Cultura. Com essa decisão, o Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, passa a ser o 20º bem brasileiro inscrito na lista de patrimônios mundiais.

Acácio Pinheiro/Divulgação/MinC

Igreja de So Francisco de Assis, que compe o Conjunto Moderno da Pampulha Igreja de So Francisco de Assis, que compe o Conjunto Moderno da Pampulha

Igreja de São Francisco de Assis, que compõe o Conjunto Moderno da Pampulha

Encomendado pelo então prefeito de Belo Horizonte Juscelino Kubitschek ao arquiteto Oscar Niemeyer, o conjunto modernista também contou com Roberto Burle Marx, que assina o paisagismo, e Cândido Portinari, autor do painel externo de azulejos da Igreja de São Francisco de Assis, que é um dos principais cartões-postais de Minas Gerais, lembra o ministério.

Também participaram do projeto original o engenheiro Joaquim Cardozo e os artistas Paulo Werneck, Alfredo Ceschiatti, August Zamoyski e José Pedrosa. Construído nos primeiros anos da década de 40, o conjunto antecipa conceitos arquitetônicos que viriam a ser aplicados anos mais tarde na construção de Brasília.

O valor dos edifícios é reconhecido por suas inovações. O conjunto é uma referência na arquitetura mundial pela utilização do concreto armado, que ainda não havia sido utilizado em construções semelhantes.

Acácio Pinheiro/Divulgação/MinC

Fachada do Museu de Arte da Pampulha Fachada do Museu de Arte da Pampulha

Fachada do Museu de Arte da Pampulha

Compõem o Conjunto Moderno da Pampulha a paisagem que se forma com a integração entre a Lagoa da Pampulha e sua orla, os jardins de Burle Marx, a Igreja de São Francisco de Assis, o antigo Cassino (atual Museu de Arte da Pampulha), a Casa do Baile (atualmente Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte), o Iate Golfe Clube (atual Iate Tênis Clube) e a Praça Dalva Simão (antiga Santa Rosa).

O conjunto já era tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Naciona) e também pelos poderes estadual e municipal. Com o título internacional, ganha mais força o potencial turístico do Conjunto, que já é hoje uma das principais atrações para quem visita a capital mineira.

Com informações da Agência Brasil

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