‘Trem das Nuvens’ volta a funcionar na Argentina

Por Eduardo Vessoni, do site Viagem em Pauta

Longe de todos os velhos estereótipos, o noroeste da Argentina segue em outro ritmo.

As altas montanhas dos Andes envolvem pequenos povoados que (nem de longe) lembram a agitação de outros destinos argentinos como Buenos Aires e Bariloche; sua geografia árida é cenário de roteiros turísticos (e aventureiros) únicos no continente; e a gastronomia e música locais flertam com a cultura indígena dos incas.

Trem das Nuvens passa pelo Viaducto La Polvorilla, o ponto mais alto da viagem, a 4.220 metros de altitude (foto: Divulgação)

 

Conhecida como ‘La Linda’, a cidade de Salta é a principal porta de entrada para quem vem da capital da Argentina e abriga um dos mais inusitados roteiros em todo o continente: o Trem das Nuvens, cujo nome é uma referência ao vertiginoso roteiro ferroviário circular que cruza pontes e túneis, a mais de 4 mil metros acima do nível do mar, sobre a Cordilheira dos Andes.

Após passar por reparos e ganhar novo escritório comercial, o trem está de volta, desde o último dia 4 de abril.

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A viagem de 434 km (ida e volta) começa na estação General Belgrano, em Salta e termina no Viaducto La Polvorilla

 

A viagem de 434 km (ida e volta) começa na estação General Belgrano, em Salta, no noroeste da Argentina, e termina no Viaducto La Polvorilla, a 4.220 metros sobre o nível do mar. Considerado um dos roteiros ferroviários mais altos do mundo, o Trem das Nuvens cruza as cordilheiras dos Andes, o Valle de Lerma, a Quebrada del Toro e a Puna, região do Altiplano argentino.

O complexo sistema de zigue-zagues, viadutos e túneis faz da viagem uma das mais impressionantes de todo o mundo e é quase como tocar o céu daquele território do noroeste argentino com fortes influências indígenas. Durante o percurso, realizado em 8 horas de viagem, a composição cruza 29 pontes, 21 túneis, 13 viadutos e dois sistemas de trilhos em zigue-zague.

O Trem das Nuvens realiza um dos roteiros ferroviários mais altos do mundo e chega a 4.220 metros sobre o nível do mar

 

Desenhado nos anos 20 pelo engenheiro norte-americano Ricardo Fontaine Maury, a obra foi criada para conectar Salta e o Chile, através das cordilheiras dos Andes, de modo que fosse possível fazer o transporte de minerais da chilena Antofagasta. O primeiro trajeto transandino do norte começou a ser construído no dia 20 de fevereiro de 1921, mas só seria concluído em 1948.

Tren a las Nubes
Quanto: 1.540 pesos argentinos (R$ 554, aproximadamente)
Site: www.trenalasnubes.com.ar

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