Teles insistem que competição com as OTTs está desigual


Convergência Digital

Por Fernanda Ângelo – 27/10/2015

Futurecom 2015 - Cobertura Especial - Patrocínio DellO recente embate regulatório envolvendo Anatel, operadoras e o uso do aplicativo WhatsApp foi um dos assuntos abordados no painel “Tendências globais de negócios da indústria de TIC”, que reuniu especialistas da indústria de TI e telecom nesta terça-feira, 27/10, durante o Futurecom 2015. Para os especialistas, embora seja necessária a competição em condições iguais, a cooperação pode ser interessante para todos.

Os executivos são unânimes ao dizer que as condições de competição estão desiguais. “Na Espanha, por exemplo, a Telefónica tem um serviço semelhante ao entregue pelo WhatsApp”, disse Enrique Medina, diretor de políticas da Telefónica. “No entanto, por sermos uma empresa de telecomunicações, mesmo esse serviço é submetido às regulamentações do setor.”

Os executivos entendem que o excesso de legislação sobre o setor – e os novos serviços – pode ser uma barreira à evolução tecnológica. Robert Sell, analista de comunicação, mídia e tecnologia da Accenture, afirma que será difícil para os governos fazerem com que a legislação acompanhe a evolução tecnológica. “Eles vão errar. O problema é que, se houver muita regulação e preocupação com isso, podemos impedir a evolução”, advertiu.

A cooperação entre teles e os novos players pode vir a ser uma alternativa bastante saudável, ponderou o vice-presidente executivo da Qualcomm Technologies, Cristiano Amon. O executivo contou que, nos Estados Unidos, a Netflix fez com que cerca de 45% dos assinantes de canais de filmes de TV a cabo migrassem para o serviço. Por outro lado, essa migração elevou em 57% a receita da operadora com filmes em pay-per-view. “Quando o usuário não encontra o filme procurado no Netflix, ele paga para assistir na TV a cabo”, conta, observando que a cooperação pode trazer ganhos, inclusive de competitividade.

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