Sovibor quer exportações a valerem um quarto das vendas

A Sovibor – Sociedade de Vinhos de Borba, empresa histórica do Alentejo que comemora, já em 2018, o seu 50º aniversário, quer terminar o ano com as exportações a valeram já 20 a 25% das suas vendas. A empresa, propriedade do grupo Sousa Tavares, SGPS, que detém, entre outras, a distribuidora Sotavinhos e a produtora vinícola Quinta do Progresso, fechou 2016 com uma faturação inferior a 1,5 milhões de euros, valor que pretende duplicar até 2021.

Adquirida em dezembro de 2014, a Sovibor passou a contar com uma nova administração, liderada por Fernando Tavares, e com uma nova equipa de enologia, a cargo de António Ventura, em coordenação com Rafael Neuparth e Rita Tavares. A aposta passa por reposicionar todos os vinhos num patamar superior de qualidade e de preço. “Mantivemos as marcas já existentes – Borba Sovibor, Adega do Passo e Valflor -, mas asseguramos o seu reposicionamento através de uma nova imagem. E, em setembro de 2016, lançamos uma nova marca, a Marmoré de Borba, que queremos que seja o cartão de visita da empresa no futuro, posicionando aí os vinhos de maior qualidade”, explicou, ao Dinheiro Vivo, Luís Sequeira, diretor da empresa.

A beneficiação das infraestruturas, com o restauro dos edifícios, e a renovação da linha de engarrafamento, totalmente automatizada, foi recentemente concluída, um processo em que a Sovibor investiu mais de meio milhão de euros. Estão, ainda, previstos novos investimentos com vista à ampliação do armazém de produto acabado e de matérias-primas.

Com uma produção que em 2016 ronda um milhão de litros, a Sovibor tem vendas “residuais” nos mercados externos. “Temos crescido a dois dígitos, mas a verdade é que a base de que partimos era muito baixa”, diz Luís Sequeira. Estados Unidos, Angola e França são os principais destinos dos vinhos da Sovibor, que tem em vista novos mercados como o Brasil, China. Bélgica e Suíça. “As exportações estão a crescer significativamente este ano e esperamos que possam já representar, no final do ano, entre 20 a 25% das vendas”, acrescenta. No próximo mês, a empresa deverá alargar a sua gama de produtos com a introdução de vinhos de talha, um tinto e um branco, vinificados em 2016.

Concluídos que estão os investimentos mais prioritários, Luís Sequeira admite que, numa segunda fase, que poderá acontecer dentro de dois ou três anos, a Sovibor avance com uma aposta no enoturismo, através da requalificação da Adega do Passo, destinada a visitas e provas, e, ainda, da abertura de uma loja. “Numa terceira fase, ainda mais longínqua, pretendemos transformar o edifício mais antigo da propriedade, que tem mais de duzentos anos, numa unidade de enoturismo que permita a pernoita dos visitantes”, explica Luís Sequeira.

 


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