Quer sair do Brasil? Veja opções para morar nos Estados Unidos

Com a atual situação financeira do país, cada vez mais brasileiros se mostram interessados em buscar de novas oportunidades fora do Brasil. Os Estados Unidos, por sua vez, é um dos destinos mais desejados. A advogada especialista em vistos americanos, Ingrid Barcchini, diz que é necessário identificar qual será a atividade que irá exercer no país, para poder providenciar o visto adequado e assim realizar o desejo de ir morar nos EUA. Em relação ao pedido de visto só conseguirá emitir através de embaixadas ou consulados fora dos EUA.

A especialista listou as principais alternativas de vistos para brasileiros, veja:

Visto F1 (Visto para Estudantes): um dos vistos mais solicitados para residência nos Estados Unidos é o de estudante, o F1. Sua validade varia de acordo com o período de estudos, ou seja, se for fazer um curso de seis meses, seu visto terá validade de seis meses. Com esse visto você só pode trabalhar no país com condições especiais, como, por exemplo, o OPT, que é uma permissão de 12 meses após o curso para trabalhar dentro da área.

Muitos estudantes procuram agências de intercâmbio para realizar suas viagens, porém, na maioria das vezes, é mais vantajoso contratar um advogado especialista para te guiar no processo. Se o estudante quiser prolongar a validade do visto caso decida realizar outro curso, a escola emite um documento chamado I-20 que tem uma validade de, geralmente, 1 ano. Após, o requerente deve pedir junto ao Consulado um visto de estudante que pode ter duração de até 4 anos. Enquanto a pessoa estiver nos EUA e estudando, ela pode atualizar o I-20 e permanecer no país legalmente sem necessidade de pedir outro visto.

No entanto, se o estudante voltar ao Brasil no período de férias e o visto estiver expirado, deverá agendar uma nova entrevista no consulado e pedir um novo visto para poder retornar aos EUA. O visto de estudante tem um custo de USD 160.00 a entrevista, e o I-20 um custo de USD 200.00 de taxa SEVIS.

Visto EB-5 (Visto para Investidores): Por um valor de 500 mil dólares o detentor realiza o investimento direto ou indireto nas empresas e recebe o visto EB-5. Se o projeto gerar 10 ou mais empregos, o investidor consegue trocar o EB-5 por um Green Card, ou visto permanente. Além disso, se o investimento for positivo, o dinheiro é devolvido entre 5 a 7 anos. “É a opção mais rápida para receber o Green Card e morar permanentemente nos Estados Unidos”, opina a especialista.

Visto H-1 (Visto de Trabalho): visto designado para quem tem uma oferta de trabalho nos Estados Unidos. Ingrid Baracchini aconselha quem não possui uma proposta a conversar com um amigo, para pedir que o indique ao empregador ou que busque vagas mandando currículos as empresas. “A solicitação do visto de trabalho deve ser feita no Brasil e aprovada pela imigração”, complementa a advogada.

Existem inúmeros vistos de trabalho, sendo que para cada categoria profissional existe um visto diferente. A média de duração é de 18 meses a 3 anos e todos podem ser renovados caso o empregador americano decida manter o funcionário. Alguns tipos de visto como o O1 e o H1B autorizam a troca de status para o Green Card, mas é o empregador quem deve realizar o pedido junto à imigração americana.

Vistos O e P (Para profissionais com destaque em suas áreas): Para pessoas que possuem habilidades extraordinárias nas áreas de artes, negócios, ciências, educação ou atletismo, os vistos O ou P são concedidos, contando que se tenha um empregador para lhe patrocinar. “No caso desses vistos, a validade é de um a três anos, mas sua extensão é possível, se o empregador desejar continuar com o patrocínio”, explica Ingrid.

Visto L1 (Transferência de funcionário): Visto com duração de três a sete anos que permite a transferência de brasileiros com cargos de gerência para uma filial nos EUA. Durante o período em que estiver residindo no país, pode solicitar o Green Card para visto permanente.

Visto B1 e B2 (Para turismo, visita de negócios ou tratamento médico): há, ainda, a possibilidade de adquirir um visto de trabalho B1, que é destinado a reuniões, palestras, férias em família, etc. Já o B2 é destinado a tratamento médico. Os dois possuem um período máximo de seis meses.

Se for visitar o país e decidir fazer algum curso, não será uma boa opção. Segundo a advogada, trocas de status geralmente são lentas e podem ocorrer negativas. Escolas não aceitam a troca de visto e obrigam o aluno a entrar no país já com o visto de estudante. O mais adequado é sair do Brasil com o visto de acordo com o que pretende fazer nos Estados Unidos.

Visto H2B: é o visto destinado a trabalhos temporários que não exigem ensino superior. Geralmente promovido por agências, o visto permite que a pessoa trabalhe em locais como parques, hotéis e cruzeiros. A permanência pode variar entre 10 meses e três anos.

Visto J1 (Para participantes de programas de incentivo): indicado para quem é trainee, estagiário ou participa de programas de intercâmbio cultural. Também é utilizado para programas de “aupair” (babá).

Por fim, a especialista lembra que em todos os casos “é melhor ter um especialista para ajudar no processo dos visto, pois há muita burocracia e contratar um advogado te dará menos dor de cabeça”.

Mais sobre Ingrid Baracchini

Ingrid Baracchini é formada em Direito pela Universidade Paulista (UNIP) e possui 11 anos de experiência na área imigratória em parceria com o advogado Reza Rahbaran, eleito TOP 25 Immigration Attorneys. O escritório representa o cliente brasileiro na requisição de qualquer tipo de visto para os Estados Unidos, além de clientes estrangeiros em qualquer área de demanda no Brasil de cunho imigratório, familiar, cível ou criminal. A advogada faz parte da AILA – Associação Americana de Advogados de Imigração.

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