Quando a paixão por viajar se transforma em negócio

 Passar uma vida inteira viajando, até mesmo sem sair do lugar. Esta foi a escolha da paulistana Gabriela Kumai Mattedi, que depois de fazer um mochilão por dez países, voltou para São Paulo e abriu o Aquarela SP Hostel. Assim, ela pôde transformar a paixão por viagens em um modelo de negócio que a liga com aquilo que ela mais ama, já que pessoas do mundo inteiro passam todos os dias pelo hostel.

Fotos: Arquivo pessoal

Fotos: Arquivo pessoalFotos: Arquivo pessoal

Gabriela e amiga em uma de suas aventuras em Berlim

“Compartilhar espaços para compartilhar amor”, este é o conceito do Aquarela. Um hostel perfeito para quem busca um lugar tranquilo na cidade que nunca dorme. E foi essa tranquilidade que o worldpacker Victor Burgos, um mineiro de BH, designer, músico e mochileiro, encontrou por lá, além da oportunidade de trocar suas habilidades por hospedagem.

“O Aquarela é um sobrado antigo localizado do bairro da Vila Mariana e por baixo dele passa um dos muitos rios subterrâneos de São Paulo. É muito arborizado com passarinhos o dia inteiro passeando pela nossa casa. Todas as manhãs a Gabi ascendia um incenso, e ficávamos trocando ideias budistas”, descreve Victor.

Interior vibrante do casarão do Aquarela SP Hostel

“Quando entrei em contato com o pessoal do Aquarela pelo site da Worldpackers eu tinha acabado de voltar de uma viagem de seis meses pela América do Sul e México, mas sentia que não era hora de parar. Assim, o que mais me interessou foi justamente esta possibilidade de continuar viajando e experimentar este outro lado das viagens, já que trabalhando na recepção eu também sou um host (anfitrião). Vivendo aqui, eu viajo todos os dias com cada história que escuto e cada pessoa que conheço é um novo aprendizado”, conta Victor ao lembrar que viajar ganhou um novo propósito para ele depois de viver no hostel.

Além disso, para ele que trabalha na área de design e desenvolvimento de sites há mais de dez anos, a possibilidade de poder trabalhar em um lugar tão diferente como um hostel, onde é preciso desenvolver o relacionamento interpessoal e aprender novas habilidades – como trocar um chuveiro, podar uma árvore e preparar o café da manhã –é um meio de se tornar uma pessoa ainda mais qualificada, aberta e instruída.

Victor durante uma de suas apresentações musicais no México

Outro ponto positivo de sua experiência no hostel foi, mesmo estando em São Paulo, desfrutar de um ambiente tranquilo. Ele inclusive foi o responsável por desenvolver um novo espetáculo audiovisual e ainda teve tempo (e inspiração) pra compor onze músicas.

Já para a Gabriela, receber alguém como o Victor para lhe ajudar também foi uma forma de aprendizado. “A experiência foi perfeita. A família Aquarela e o Victor se deram muito bem. E quando falo isso, quero dizer que é muito além do que uma troca de trabalho por cama. Iniciativas como essa tornam as coisas muito mais fáceis!”. Amém.

Por Worldpackers

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