Portugal tem potencial para apostar no enoturismo – Associação da Vinha e Vinho – Diário de Notícias

Subscrever

Para que Portugal possa vingar no mercado do enoturismo, é necessário, disse, “ter abertura suficiente” para mostrar um património diferente do que é habitual, um património diferenciado e tradicional.

“Os balões de aço inoxidável, as serpentinas todas metalizadas, (…) isso é tudo muito bonito, mas é tudo igual em todo o lado. Este tipo de tecnologia não sulca o espírito do visitante. O que sulca é aquilo que ele nunca viu, os lagares tradicionais, que nós temos e os alemães e os franceses não têm e que são os lagares de pedra do século XVII e XVIII. Esses são típicos de Portugal”, exemplificou.

Segundo António Barros Cardoso, Portugal “diferencia-se nas estruturas” se as “preservar, conservar e potenciar”, lamentando que muitas delas estejam hoje abandonadas.

“São essas realidades que é preciso saber explicar, e isso são patrimónios enoturísticos que urge valorizar e não destruir, como por vezes acontece, e muito menos substituí-los ou misturá-los com o aço inoxidável. As novas tecnologias são iguais em todo o lado”, frisou.

“Portugal tem todas as condições para se diferenciar. Se não estragar o grande número de infraestruturas tradicionais que ainda se mantêm, tem todas a probabilidades de criar mecanismos e rotas enoturistas de excelência”.

O presidente da associação salientou ainda que “há muito mais para mostrar em Portugal que a qualidade do vinho”, sendo a História um aspeto essencial.

“As pessoas tem que se convencer que a História tem utilidade social”, vincou.

A iniciativa, que marca também o 10.º aniversário da APHVIN/GEHVID, arrancou hoje no Porto e estende-se até sábado, percorrendo nos próximos três dias as regiões dos vinhos verdes, do Douro e do Dão.

O I Congresso Internacional de Vinhas e Vinhos ocorreu em 2010.

Pin It

Comments are closed.