Ponte da Barca recebe congresso sobre indústria que movimenta …

Até 90 pessoas são esperadas no próximo dia 26 de outubro em Ponte da Barca. A Associação Portuguesa de História da Vinha e do Vinho (APHVIN/GEHVID) vai levar uma sessão do seu segundo congresso internacional ao auditório Casa da Cultura a partir das 9:00. Entre eles estarão ainda 25 estudantes de 19 nacionalidades do mestrado europeu que está a decorrer na Universidade do Porto. O MINHO conversou com António Barros Cardoso, presidente da direcção do APHVIN.

Ponte da Barca vai representar o vinho verde no congresso, um responsável por até 45 milhões de euros em exportações.

“Este congresso tem uma sequência. Realizámos o primeiro em 2010, e o objetivo é colocar pessoas que estudam as três regiões edículas mais importantes do norte: os verdes, os do Dão e do Douro. E buscar discussões das mais variadas“, explicou António Barros Cardoso, que também é professor na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, ao O MINHO.

“Mas este congresso não é limitado apenas às questões históricas. Tem uma dimensão que vai para além disso. A própria organização em termos legislativos, está presente a sociologia. Gostaria de salientar também a dimensão ligada ao enoturismo, que tem a ver com a valorização dos patrimónios ligados a atividade secular do vinho nestas três regiões“, continuou.

Dentre tantos lugares que produzem vinho verde, o professor explica os motivos de ter escolhido Ponte da Barca para receber a sessão do dia 26 do II Congresso Internacional das Vinhas e dos Vinhos.

Temos a preocupação de não centrar sempre nos mesmos lugares as discussões, levar aos que vêm de fora novas localidade. Já fizemos eventos em Viana do Castelo, em Ponte de Lima, este ano resolvemos mudar de lugar, mas não sair do Vale do Lima, que é emblemático quando se fala de vinhos verdes. Queremos que não haja repetição”.

O professor ainda fez uma análise do atual posicionamento do vinho verde no mercado e na cultura.

É um vinho considerado, e até vem no slogan, que é diferente dos outros que são produzidos, e quer se manter assim. Embora, nos últimos 10, 15 anos, começa a ser padronizado no seu fabrico por outros vinhos e resultam dessa fuga ao padrão tradicional, e no alinhamento pela qualidade que os aproxima dos vinhos internacionalmente reputados. Então o vinho verde está posicionado de forma favorável em termos competitivos no mercado internacional. As exportações têm crescido de forma significativa e as mais-valias têm aumentado de forma visível“, concluiu.

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