O que ver em Inhotim (MG): confira 5 obras imperdíveis

Inhotim (Foto: Samantha Chuva | ME)

Inhotim (Foto: Samantha Chuva | ME)

Com um acervo de mais de 1300 obras, sendo 700 em exposição, Inhotim, em Brumadinho (MG) leva o título de maior museu a céu aberto da América Latina. A extensão do parque, o misto de sensações de cada obra e o número de artigos impossibilita ver o local em apenas um dia, isso porque Inhotim possui um total de 140 hectares que misturam árvores e arte contemporânea.Para ajudar àqueles que passeiam pelo parque, selecionamos algumas atrações que são parada obrigatória. Confira:

Galeria Cildo Meireles

Desvio para o Vermelho de Cildo Meireles (Foto: Roberto Castro | MTur)

Desvio para o Vermelho de Cildo Meireles (Foto: Roberto Castro | MTur)

Conhecido internacionalmente, Cildo Meireles trabalha com obras sensoriais que fazem as pessoas se questionarem, sentirem e refletirem. Em Inhotim, o destaque fica para a sala Desvio para o Vermelho, onde todos os objetos do espaço são vermelhos. O artista trabalha constantemente com a questão do colecionismo, e neste espaço ele afirma que uma cor pode ser algo colecionável. A sala ainda é um movimento de resistência contra a ditadura. No espaço ao lado, cacos de vidro, papéis, persianas, arames farpados e outras barreiras convidam as pessoas a pensarem sobre os obstáculos que acreditamos ser intransponíveis, e a importância de nossos objetivos na vida. Uma experiência que mexe com o tato, audição, visão e, principalmente, sentimentos conflituosos e as vezes incômodos.

Galeria Adriana Varejão

Galeria Adriana Varejão (Foto: Samantha Chuva | ME)

Galeria Adriana Varejão (Foto: Samantha Chuva | ME)

Nesta galeria, a artista, que assim como Meireles é brasileira, faz um trabalho com azulejos. Do lado externo plantas alucinógenas desenhadas em azulejos brancos atuam como um aviso aos turistas, pedindo para abrirem a mente e as percepções antes de entrarem na galeria. Do lado de dentro, azulejos com desenhos azuis parecem desordenados e causam certa estranheza a primeira vista. Passando os olhos pela sala é possível vislumbrar ondas e confusão, por fim o nome da obra faz sentido: ‘Celacanto provoca maremoto’, pois o espaço retrata um verdadeiro maremoto. No andar mais alto, o visitante volta a ver a natureza enquanto observa pássaros desenhados em azulejos. A natureza colabora com o piar dos animais. Desenhados com tinta a óleo, a artista questiona a extinção de pássaros que lentamente estão desaparecendo, assim como a ação da chuva um dia apagará os desenhos dos azulejos.

Galeria Fonte

A obra de Janet Cardiff: Forty Part Mortet (Foto: divulgação)

A obra de Janet Cardiff: Forty Part Mortet (Foto: divulgação)

Com 40 caixas de som, Janet Cardiff, recria o moteto (um tipo de composição polifônica medieval)  Spem in Alium nunquam habui, composto no século 16 para o aniversário da Rainha Elizabeth 1ª. Nesta sala, a música – que originalmente tem oito coros de cinco vozes – foi gravada com microfones individuais. Criando uma experiência auditiva que possibilita o espectador ouvir as diferentes vozes e perceber as diferentes combinações e harmonias à medida que percorre a instalação. A peça é conhecida como uma das mais complexas obras polifônicas para canto coral jamais compostas.

True Rouge

Obra True Rouge, de Tunga (Foto: Roberto Castro | MTur)

Obra True Rouge, de Tunga (Foto: Roberto Castro | MTur)

Diversos tubos de ensaio espalhados em uma sala e suspensos por linhas, espojas e outros materiais vermelhos criam um complexo diagrama que lembram nada mais do que vísceras. Aqui, Tunga, fascinado por alquimia, mostra como a ciência também pode ser arte. E como a arte pode ser, por si, visceral. As interpretações são inúmeras, que cabe a experiência individual de cada pessoa. Mas de fato, é quase impossível sair sem esbarrar em algum sentimento.

Sonic Pavilion

 

Homem medita dentro do Sonic Pavilion (Foto: Roberto Castro | MTur)

Homem medita dentro do Sonic Pavilion (Foto: Roberto Castro | MTur)

Uma das obras mais famosas, o Sonic Pavilion atrai aqueles que buscam entender um pouco o nosso planeta e nós mesmos no processo. Isso porque o artista norte-americano, Redondo Beach, decidiu cavar um buraco. Um profundo buraco na verdade, de 202 metros. No fundo deste túnel, Beach instalou microfones com a função de captar os sons da Terra. Em silêncio as pessoas aguardam o barulho que vem do chão. Como um rugido que ressoa no âmago, com fome sabe-se lá de quê. No espaço redondo, pessoas fecham os olhos, algumas meditam e outras apenas acham interessante. Mas é um pouco inimaginável pensar que o nosso planeta produz sons que as vezes chegam a lembrar até um estômago vazio.

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