Ministro defende vender participação da Infraero em aeroportos privados

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Maurício Quintella Lessa

O governo avaliará a viabilidade de colocar à venda as participações da Infraero nos cinco aeroportos operados pela iniciativa privada em que a estatal manteve 49% de fatia acionária. “Não tenho nenhuma resistência [à venda]”, afirmou nesta quarta-feira o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa.

Segundo ele, o assunto será discutido pelo conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) — grupo criado pelo governo interino de Michel Temer e coordenado por Moreira Franco. A decisão sobre se desfazer da participação societária nos cinco terminais já concedidos vai depender do “momento econômico”, disse Quintella.

Uma das questões a serem avaliadas é se vender agora essas fatias acionárias não desviaria o interesse do mercado nos quatro outros aeroportos — Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis — que tiveram seus editais de concessão lançados dias antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff e estão em audiência pública. Nas novas concessões, a Infraero não terá participação nenhuma.

Outro aspecto é que, devido à crise no setor de construção pesada e à Operação Lava-Jato, muitos grupos com investimentos em infraestrutura não estão suficientemente capitalizados para adotar uma postura agressiva na compra de ativos.

Os cinco aeroportos nos quais a Infraero manteve 49% das ações são Guarulhos, Viracopos, em SP, Brasília, Galeão, no Rio, o e Confins, em Minas Gerais. Outro aspecto é que, devido à crise no setor de construção pesada e à Operação Lava-Jato, muitos grupos com investimentos em infraestrutura não estão suficientemente capitalizados para adotar uma postura agressiva na compra de ativos.

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