Marrakesh, uma cidade encantadora que une presente e passado

Um destino encantador. Assim, defino a cidade de Marrakesh, no Marrocos, onde pedestres, motocicletas, carros, táxis e charretes ocupam o mesmo espaço, em ruas com escassa sinalização de trânsito.

Como ponto de partida da viagem, recomendo dar início pelo coração da cidade, na praça Jemaa el Fna, na cidade antiga, próximo a Medina, onde mercadores oferecem de tudo: óleos de argan, pashminas, pintura de hena nas mãos, prataria, vasos de cerâmica, vestuários típicos, bolsas, quadros e tudo mais o que se possa imaginar. Eles disputam sua atenção, no incansável objetivo de vender algo para você. O mais interessante é que os preços culturalmente são negociáveis e realizado apenas por homens, com exceção da pintura de hena, feita exclusivamente por mulheres.

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Créditos: Carolina Maximo

Vista da praça Jemaa El Fna de dia, à esquerda, e à noite, à direita

Ainda, na praça, é possível enxergar a poucos metros a Mesquita da Koutoubia, um local sagrado onde os muçulmanos rezam cinco vezes ao dia. A entrada de não-muçulmanos não é permitida, mas é possível admirar sua construção arquitetônica por fora e dar uma pausa para o descanso, na praça arborizada à direita da entrada principal, onde turistas de diversas partes do mundo passam todos os dias.                             

Mesquita da Koutoubia ao fundo e a praa arborizadaMesquita da Koutoubia ao fundo e a praa arborizada

Créditos: Carolina Maximo

Mesquita da Koutoubia ao fundo e a praça arborizada

O mais interessante de Marrakesh, é que acesso a alguns locais como museus históricos, por exemplo, só pode ser feitos a pé, pois os carros não passam por determinadas ruas estreitas. Aí começa a aventura. As ruas e vielas situadas na Medina são muito parecidas e o desafio é duplo: prestar atenção às raras placas que indicam a direção aos museus e, ao mesmo tempo, decorar o caminho de volta.

O Museu de Marrakech é um dos pontos turísticos mais visitados, foi instalado no Palácio Menbbi, que agora exibe obras de arte contemporânea, peças etnográficas, gravuras e mobílias diversas.

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Créditos: Carolina Maximo

Interior do Museu de Marrakesh

Ainda na região do centro histórico está o Palais de la Bahia, um antigo palácio habitado no século 19, que possui arquitetura que mistura traços da cultura islâmica e muçulmana.                         

Interior do Palais de la BahiaInterior do Palais de la Bahia

Créditos: Carolina Maximo

Interior do Palais de la Bahia

Saindo do centro antigo em direção a cidade nova, está localizado o Jardim Majorelle, fundado pelo pintor francês Jacques Majorelle, onde foram cultivadas árvores exóticas e plantas do mundo todo, incluindo plantas tropicais do Brasil, Além disso, possui uma arquitetura encantadora aos olhos, pois contrasta com as cores fortes do azul e amarelo, do estilista Yves Saint Laurent, que adquiriu o museu posteriormente. O local conta com um aroma exótico e ao mesmo tempo encantador.

Vista do Jardim de MajorelleVista do Jardim de Majorelle

Créditos: Carolina Maximo

Vista do Jardim de Majorelle

Dentro do Jardim, está situado o Museu dos Berberes –indígenas e um dos primeiros habitantes do Marrocos. Estão expostas vestimentas, objetos utilizados em rituais e jóias desse povo que colonizou o país e sons dessa cultura enigmática. No local é proibido fotografar.

No caminho, é possível visitar o Jardim Menara, com mais de 100 hectares de palmeiras, árvores frutíferas e oliveiras, e que possui um lago artificial com uma vista magnífica.

Vista do lago artificial do Jardim Menara Vista do lago artificial do Jardim Menara

Créditos: Carolina Maximo

Vista do lago artificial do Jardim Menara

Confira na segunda parte da matéria os museus visitados em Marrakech que será publicada nos próximos dias!

Por Carolina Maximo, 31 anos, jornalista, pesquisadora, especializada em Meio Ambiente e Sustentabilidade, atua em ONG’s e setor privado na área de comunicação organizacional. Realizou diversos trabalhos voltados para comunicação e meio ambiente. Atualmente, pesquisa a relação do trabalho escravo e a insustentabilidade na cadeia produtiva relacionada à cobertura da imprensa. É mestranda em Comunicação, na Faculdade Cásper Líbero. Foi à Marrakesh para cobrir a COP 22, da ONU. Aproveitou as horas de descanso para explorar a cidade.

Contato: [email protected]

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