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José Berardo já possui uma vasta coleção de arte africana que está dispersa pelos museus privados na Bacalhoa, em Azeitão, no Underground Museum, na Anadia, ligados ao enoturismo, e na Madeira.
Questionado pela Lusa sobre o futuro da Coleção de Arte Africana de Eduardo Nery, e se tenciona criar um museu exclusivamente dedicado a esta área, em Portugal, Berardo disse que tem “esse projeto muito especial” em mente, e que será concretizado “a seu tempo”.
“Tenho um afeto especial por África e pela cultura africana e, por isso, vou adquirindo as coleções de pessoas que dedicaram a sua vida a colecioná-la e a investigá-la, como foi o caso de Eduardo Nery”, comentou.
Eduardo Nery colecionou arte africana, não por ter uma ligação especial àquele continente, mas, como explicava nas entrevistas que deu, porque tinha uma “conexão afetiva e espiritual”, com as peças africanas, pelo fascínio que aquelas civilizações lhe despertavam.
Nascido na Figueira da Foz, o pintor começou a interessar-se pela cultura africana ainda muito jovem, primeiro através do Jazz, e mais tarde nas visitas aos museus e nos livros, começando a comprar peças por intuição, com um critério muito pessoal, desde o erudito ao popular.
Ao longo de 2009, a Câmara Municipal de Lisboa apresentou, no Pátio da Galé, exposições de alguns dos maiores colecionadores de arte africana em Portugal, como José Berardo, Eduardo Nery e José Guimarães.