Intercâmbio além do curso de idiomas

Maura Leão, presidente da Belta com o grupo de pesquisa Manoelita Correia, Danilo Torini e Cláudia Silva

A Belta (Associação das Agências de Intercâmbio) apresentou na tarde desta quarta-feira (04) os dados referentes “Pesquisa Selo Belta”, que tem o poder de mostrar como o segmento de intercâmbio se comportou em 2015. A pesquisa foi elaborada junto a 135 agências de intercâmbio e quase 2 mil estudantes, que já viveram a experiência da educação internacional e outros que possuem interesse em realizá-lo.

Segundo Manoelita Correia Lima, professora da ESPM e coordenadora da pesquisa, embora o curso de idiomas ainda seja o principal motivo de uma mobilidade acadêmica internacional, produtos como programa de ensino médio, curso de férias e idioma com trabalho temporário.

Para a professora, o principal objetivo do intercâmbio é aprender outro idioma, sendo a principal motivação a carreira e empregabilidade. “Os estudantes no Brasil pensam no intercâmbio como uma oportunidade de melhorar seu currículo e conseguir uma melhor colocação no mercado de trabalho”, explicou. Segundo ela, esse objetivo é diferente na Europa, por exemplo, que preza mais a vivência cultural e o conhecimento à empregabilidade.

Quanto aos destinos mais procurados, houve uma mudança. Na última edição da pesquisa (2013) Estados Unidos lideravam o ranking de preferência dos brasileiros. Hoje, o Canadá ganhou espaço e é a primeira opção dos estudantes. Segundo Maura Leão, presidente da Belta, apesar dos EUA serem ainda o destino dos sonhos, por conta da relação custo/benefício e cotação da moeda, o Canadá vem alavancando posição.

Seguido do Canadá estão os destinos: EUA, Austrália, Irlanda, UK e Nova Zelândia. Para a professora Manoelita, esses países se diferenciam por investirem em infraestrutura para receber os alunos internacionais. “O estado é o principal agente interessado de o país se capacitar para cada vez mais receber intercambistas. Além disso, a legislação desses países permite que os estudantes trabalhem 20h semanais enquanto estudam”, comentou.

A média de permanência dos brasileiros em cursos no exterior varia até três meses e a média de idade é de 28 anos entre os estudantes, sendo em sua maioria dos estados Sul e Sudeste do Brasil – destaque para São Paulo que fica com quase 50% desse total. Dos futuros intercambistas da pesquisa, a maioria deseja fazer um curso de idioma, mas opções como pós-graduação, graduação e curso profissionalizante também aparecem em maior quantidade.

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