Inspirado na Argentina, Uruguai quer fortaceler enoturismo profissional

O Uruguai quer se equiparar a regiões tradicionais do enoturismo, como Mendoza (Argentina), para promover o setor no país de uma forma profissional e séria, explicou nesta segunda-feira à Agência Efe a coordenadora de Competitividade do Instituto Nacional de Vitivinicultura (Inavi), Laura Nervi.

“Queremos que isto se profissionalize. Queremos o enoturismo como uma unidade de negócio a seguir em relação a algo que complementa a atividade vinícola, mas que se realiza de maneira diferente”, ressaltou a coordenadora.

Atualmente no Uruguai existem entre 30 e 40 adegas dedicadas ao enoturismo, especialmente nas províncias do sul do país, como Canelones, Montevidéu, San José e Colônia, responsáveis por 80% da produção vinícola uruguaia, apontou Laura.

A coordenadora da Inavi comentou que o plano se baseia nas atividades de outros países, especialmente de Mendoza, com grande tradição no setor.

“Há muitos anos tivemos encontros com adegas da Argentina justamente para que nos contem um pouco do que vêm desenvolvendo para poder fortalecer e melhorar o que está sendo feito no país”, afirmou.

O novo projeto pretende impulsionar diversas atividades, desde almoços, cavalgadas, passeios de bicicleta pelos vinhedos, caminhadas, até a degustação do produto.

Além disso, Laura ressaltou que há algumas vinícolas uruguaias “fazendo contato em nível internacional para continuar fomentando esta rede de adegas como uma rota internacional de enoturismo com a Argentina e com o Brasil”.

“É importante que as adegas da Argentina tenham conhecimento das adegas uruguaias, assim como no Brasil e vice-versa”, concluiu.

Atualmente não existem dados anuais de quantas pessoas praticam o enoturismo no país, por isso, desde o janeiro, o Ministério do Turismo do Uruguai e o Inavi elaboram um observatório para obter informações sobre o setor, cujos primeiros dados serão divulgados nos próximos seis meses.


EFE

  

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