Festas do Divino movimentam o turismo religioso no Brasil

Os festejos do Divino Espírito Santo, uma das mais expressivas manifestações populares e religiosas da cultura brasileira, estão movimentando importantes destinos turísticos de todo o Brasil. A data da celebração não é fixa, em algumas cidades duras meses, mas o marco tradicional da festa, introduzida no Brasil com a colonização portuguesa, se inicia cinquenta dias depois do domingo de Páscoa.

A celebração do Espírito Santo tem variações em torno de uma estrutura básica: a Folia, a Coroação de um imperador e o Império do Divino, símbolos principais do ritual, de acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A história deste culto é tão longa como a lista de municípios brasileiros que a transforma em um evento que mistura o sagrado ao profano, incorporando rituais religiosos e expressões culturais que mobilizam turistas de todos os cantos do país.

Um exemplo emblemático é o da cidade goiana de Pirenópolis, distante 130 km de Brasília, onde a festa do Divino acontece desde 1819. Hoje, a celebração, considerada a maior e a mais importante do país, ostenta o título de Patrimônio Cultural Imaterial pelo (Iphan). É a quinta vez que que a festa acontece depois do reconhecimento público.

Com cerca de 60 dias de duração, a festa de Pirenópolis terá o seu ápice de 15 a 24 de maio, com a realização das Cavalhadas, uma encenação da luta coreográfica entre mouros e cristãos, que atrai turistas de várias partes do Brasil.

Outras celebrações tradicionais também poderão figurar na lista de patrimônio Cultural Imaterial do país.  São elas as Festa do Divino da comunidade de Marmelada, no Piauí, e a Romaria de Carros de Bois da Festa do Divino Pai Eterno, em Trindade, interior de Goiás. Ambas estão com o processo de registro em andamento no IPHAN.

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