EUA: Senado pede o fim das taxas de bagagens para aliviar o caos dos aeroportos

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Isenção das taxas de bagagens pode ser a única solução a curto prazo para tentar amenizar o problema

Parece que as companhias aéreas norte-americanas também estão (de certa forma) envolvidas no caos que os viajantes vêm enfrentando nos principais aeroportos dos Estados Unidos. O ME vem acompanhando de perto toda a repercussão que as longas filas vêm causando por conta de um maior número de viajantes, mas um menor investimento em staff e infraestrutura dos procedimentos considerados padrão de segurança dos aeroportos.

Para se ter uma noção do atual momento, até maio mais de 70.000 passageiros da American tinha perdido seus voos (e olha que só estamos falando de uma companhia). E quem acredita que uma parcela de culpa pertence às companhias aéreas é o Senado norte-americano. De acordo com dois senadores (Richard Blumenthal, Connecticut, e Edward Markey, Massachussets), o fim das taxas por cada bagagem despachada aliviaria (e muito) as longas filas que os viajantes precisam enfrentar.

Para eles, com a ausência da cobrança os clientes voltariam a despachar malas sem pagar mais nada por isso, o que poderia dar uma certa “guinada” nesta tendência. Atualmente, os norte-americanos preferem dividir seus pertences em duas ou três malas (ou mochilas) para não serem obrigados a despachar um volume que excede o limite do compartimento de bagagens na cabine, e com isso economizar por cada trecho viajado.

TSA personnel check documents at the security checkpoint in Terminal B at Mineta San Jose International Airport in San Jose, Calif., on Tuesday, April 12, 2016. A nationwide shortage of security personnel and the higher security level following the Belgium terrorist attacks has caused longer than usual boarding times. (Gary Reyes/Bay Area News Group)

TSA vai aumentar em 2% o seu staff durante a alta temporada de verão, mas, de acordo com os especialistas, nada vai mudar

Os senadores, em carta aberta, citaram afirmaram que as taxas de bagagens são responsáveis por um aumento de 27% no número de volumes de mão que precisam passar pelos procedimentos de segurança, muitos quase fora do padrão, o que se transforma em uma luta para encaixa-los nos compartimentos de bagagens que ficam acima dos assentos, na hora do embarque.

Para os senadores, as companhias aéreas já aumentaram em 67% o preço destas taxas, entre 2009 e 2014, além de lembrar que as mesmas só foram impostas lá em 2007, por conta do aumento do preço do combustível. Agora, após a queda brusca, as taxas acabam permanecendo. “Uma simples solução para controlar oaos seria a suspensão das taxa de bagagens pelo menos durante a temporada de verão”, disse os senadores, em carta.

A Airlines for América (A4A), por sua vez, já afirmou que “as taxas de bagagens não são a causa do tempo excessivo de espera que estamos enfrentando no momento”. Para o grupo, que já descartou qualquer mudança neste sentido, certos aeroportos de Chicago, por exemplo, que são operados em sua maioria por companhias aéreas que não cobram por bagagens despachadas, estão na mesma situação, com longas filas antes dos passageiros chegarem aos salões de embarque. Ainda de acordo com a A4A, baseado nos resultados no primeiro trimestre, é possível que o volume de passageiros exceda o recorde estabelecido em 2015 em até 4%.

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A indústria de aviação já avisa logo: prepare-se para longas filas

Enquanto isso, a TSA ja afirmou que planeja contratar mais 768 funcionários a partir do dia 15 de junho, o que não mudaria muita coisa, já que o staff atual conta com 43.000 funcionários e já não está dando resultado. Os experts da aviação norte-americana agora se questionam como um aumento de apenas 2% no número de funcionários vai resolver o caos que abala os principais aeroportos norte-americanos. Isto sugere que não importa o que a TSA faça, caso você tenha viagem marcada para os EUA (e com conexão ainda), prepare-se!

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