Dólar turismo beira os R$ 3,60 em casas de câmbio de BH

O dólar turismo já beira os R$ 3,60 nas casas de câmbio de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (27), como reflexo do tombo de 8,48% do mercado de ações de Xangai, a maior baixa diária dos últimos oito anos. Em São Paulo, alguns estabelecimentos chegaram a comercializar a moeda por até R$ 3,74.

Os sinais de desaceleração da economia chinesa intensificaram o clima de aversão ao risco entre os investidores nesta segunda-feira (27), derrubando as Bolsas globais e pressionando a cotação do dólar para cima. Internamente, a preocupação com o quadro político e econômico do Brasil eleva o grau de tensão no mercado.

Na tarde desta segunda, levantamento feito por O TEMPO encontrou o dólar turismo sendo comercializado por valores entre R$ 3,54 e R$ 3,58 na capital mineira. A casa Fox Câmbio, localizada no bairro Belvedere, na região Centro-Sul, vendia o dólar turismo por R$ 3,56 nesta tarde. A casa da Picchioni Câmbio, que possui filiais em diversas regiões da capital, cobrava R$ 3,57 já com o valor do IOF embutido. 

Já na agência Cotação Câmbio, que tem lojas no Centro de BH e na região Nordeste, o dólar turismo em espécie era comercializado por R$ 3,54 mais o IOF de 0,38%, enquanto o crédito no cartão pré-pago sai a R$ 3,50 mais o IOF de 6,38%. O maior preço encontrado pela reportagem foi da casa de câmbio do Grupo Fitta, que vendia o dólar por R$ 3,58.

Na última sexta-feira (24) o dólar turismo bateu os R$ 3,53 por consequência das incertezas em relação ao rumo da economia brasileira e cautela com a crise política no país, que levaram a moeda à terceira alta consecutiva em relação ao real. 

Queda na Bolsa de Xangai

Após a desaceleração da economia chinesa, por volta das 12h30 desta segunda-feira o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,44% sobre o real, cotado em R$ 3,356 na venda. No mesmo horário o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 0,29%, para R$ 3,358. Ambos estão no maior valor nominal desde março de 2003.

No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, caía 0,20%, para 49.145 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 1,8 bilhão. O mau humor também era visto em Nova York, onde o SP 500 caía 0,26%, enquanto Dow Jones recuava 0,61% e o Nasdaq, 0,64%.

As Bolsas europeias operavam no vermelho, com quedas de mais de 1%. Analistas enxergam o movimento como reflexo do tombo de 8,48% do mercado de ações de Xangai nesta segunda, a maior baixa diária nos últimos oito anos.

Os preços do petróleo caíam mais de 1% no exterior às 12h30 (de Brasília). Com isso, as ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, cediam 1,59%, para R$ 9,88. Investidores também aguardam as deliberações da reunião do conselho de administração da estatal na última sexta-feira.

Atualizada às 18h01

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