Dólar chega à R$ 3,16; veja dicas para viajar sem medo ao exterior

O dólar opera em alta pelo sétimo dia seguido nesta terça-feira (10), e já bate à casa dos R$ 3,16. A valorização da moeda norte-americana, a mais alta nos últimos 11 anos, causa impacto direto nos preços das passagens aéreas, hotéis, aluguel de carro e etc., o que encarece os planos de quem pretende viajar ao exterior.

Mas na hora de fechar um pacote de viagem para o exterior, o consumidor acaba ficando confuso, já que a taxa praticada pelas agências e operadoras de turismo é bem diferente daquela divulgada amplamente pela mídia.

No Brasil, existem três classificações para a cotação da moeda norte-americana: comercial, turismo e paralelo e cada um é utilizado para determinada finalidade.

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O dólar comercial é utilizado pelas empresas que importam e exportam mercadorias. Bem como as movimentações financeiras do governo no exterior.

Já o dólar turismo é aquele usado para pagamento de pacotes de viagens ao exterior e débitos em moeda estrangeira no cartão de crédito. É o mais alto de todos, cerca de R$ 0,10 a R$ 0,15 acima dos demais.

O dólar paralelo é um mercado “não oficial”. Normalmente é utilizado por quem quer fazer transações fora da supervisão do Banco Central.

Dicas para viajar sem medo

Apesar da disparada do dólar nos últimos dias, não é motivo para entrar em desespero ou cancelar a viagem.  É hora de respirar fundo e pensar em formas de contornar a situação, sem deixar de aproveitar o passeio.

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O Voopter, metabuscador multidatas de passagens aéreas, preparou uma lista com sete dicas para continuar viajando sem comprometer o orçamento.

1 – Compare as taxas das casas de câmbio
Não compre moeda estrangeira on-line. É impossível negociar com o sistema e os poucos centavos que conseguir reduzir vão valer os minutos no telefone. Antes de ligar para a casa de câmbio, vale consultar o Ranking do Banco Central, que mostra quais foram os bancos e casas de câmbio com as melhores taxas nos últimos meses. Isso pode auxiliar na escolha.

Nunca feche na primeira ligação, por mais que o atendente insista que não “conseguirá segurar a taxa”, vale a pena tentar com pelo menos três locais diferentes até conseguir baixar, no mínimo, cinco centavos do valor inicial. Outra coisa é começar a negociar citando apenas metade do valor total que você quer e, no meio da negociação, perguntar quanto eles estão dispostos a ceder para que compre o dobro.

2 – Evite o cartão de crédito

Se o câmbio está ruim agora, é melhor não arriscar que estará melhor quando a sua fatura chegar. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para compras no cartão é bem mais alto, se comparado com o “dinheiro vivo”. Essa diferença é de 6,38% contra 0,38%. O que não quer dizer que você deva viajar com bolos de notas. 

Para isso, existem os cartões pré-pagos, que cobram o mesmo IOF do cartão de crédito, mas com taxa de câmbio pré-definida e com direito a negociação. Pergunte sobre eles na casa de câmbio ou banco. Vale a pena pagar no cartão apenas reservas em hotéis ou hospedagem alternativa, como o Airbnb, e passagens aéreas.  E claro, sempre leve o cartão de crédito desbloqueado para alguma urgência.

3 – Verifique se o cartão de crédito inclui seguro viagem

Dá para economizar uma grana de seguro-viagem e seguro-saúde se o cartão de crédito incluir esses benefícios. Normalmente, as pessoas não prestam atenção e acabam pagando por seguros sem precisar.

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Além disso, alguns cartões também oferecem descontos em redes de hotéis, serviço de concierge e aluguel de carro. Vale a pena pesquisar esses diferencias para aproveitar ao máximo o cartão.  É possível saber mais a respeito, entrando no site da operadora do cartão ou ligando para a central de atendimento.

4 – Aproveite apps e sites de cupons de desconto
A alta do dólar não deixará os brasileiros menos consumistas durante as viagens, mas pode limitar bastante as compras. Por isso, vale a pena listar as lojas que pretende visitar e procurar em sites de cupons de descontos, como a dealcatcher.com nos EUA, para ver se é possível deixar a conta mais barata.  Dá para conseguir de 10% até 30% de desconto. Há também aplicativos que ajudam a encontrar os cupons, como o SnipSnap.

5 – Utilize comparadores de preços
Felizmente, não é preciso entrar em vários sites para saber qual companhia aérea ou agência de viagem está vendendo a passagem mais barata, os metabuscadores, como o Voopter, fazem isso para você em segundos e de forma gratuita. O mesmo vale para hotéis.

6 – Escolha formas alternativas de hospedagem
A primeira coisa que você precisa saber é que alternativo não significa desconfortável ou ruim. O Airbnb, por exemplo, permite alugar quartos ou casas inteiras por preços que são, em média, 30% mais baratos do que hotéis. Já no Worldpackers é possível trocar trabalho (em limpeza, bar, cozinha), por estadia em hostels pelo mundo. Nessa mesma linha, a rede WWOOF oferece hospedagem e alimentação em fazendas, em troca de meio período de trabalho (quatro horas) durante a semana. Quem quiser só descansar pode procurar o Couchsurfing, onde pessoas oferecem seu sofá ou quartinho de visitas de graça para os viajantes da rede. É seguro? Sim, desde que você escolha bem quem vai recebê-lo e confira as referências da pessoa.

7 – Confira dicas de outros viajantes
Há vários blogs e comunidades legais de viajantes na internet, cheios de dicas práticas de como gastar menos e aproveitar melhor a sua viagem. Vale a pena acompanhar.

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