Do campo à… mesinha do avião: empresa cria ‘fazenda’ em aeroporto de NY

A companhia area JetBlue Airways est tentando trazer um pouco do campo para a cidade com a abertura de uma “fazenda” no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York.

O espao de 2.000 m2 –cerca de um quarto de um campo de futebol– ao lado do terminal 5 do aeroporto foi pensado para educar viajantes, mais do que aliment-los de fato. Ainda que, eventualmente, a JetBlue intenda servir itens plantados ali nos restaurantes do terminal e at preparar chips servidos nos voos.

Um dia, se o aeroporto permitir, pode at haver animais, como abelhas e borboletas. O objetivo tentar ensinar as pessoas sobre o cultivo de vegetais e melhorar a aparncia no exterior do terminal.

“Sabemos que as pessoas gostam de reas verdes – o que elas tm em casa. Por que no coloc-las tambm no aeroporto, se o que elas gostam e querem?”, diz Sophia Leonora Mendelsohn, chefe de sustentabilidade da companhia area de Nova York. “Sua experincia de voo comea em solo”.

Construir uma fazenda em um aeroporto no simples: a JetBlube precisou de trs anos para obter a aprovao do projeto.

Aeroportos tm grande preocupao com qualquer coisa que atraia animais selvagens, especialmente pssaros. Isso significa que no podero ser cultivados tomates, milho, frutas vermelhas, sementes ou girassis no jardim. (A empresa originalmente queria plantar trigo e us-lo em uma cerveja, batizada de JetBlue JFK.)

Em vez disso, a JetBlue priorizou batatas, cebolinhas, manjerico, cenouras e outras plantas consideradas seguras.

A empresa espera cultivar 1.000 mudas de batata, para colher quase 500 quilos a cada quatro ou seis meses, alm de outras 1.100 mudas de plantas como hortel, rcula, beterraba, alho, cebola e espinafre.

O projeto foi feito em parceria com a GrowNYC, grupo ambiental sem fins lucrativos que busca ajudar os bairros de Nova York.

Algumas das ervas e produtos sero usados pelos restaurantes no terminal da JetBlue, outros sero doados a bancos de alimentos locais.

Associated Press

Katrina Ceguera, funcionria da JetBlue, trabalha na 'fazenda' da companhia no aeroporto de NY
Katrina Ceguera, funcionria da JetBlue, trabalha na ‘fazenda’ da companhia no aeroporto de NY

Todas as mudas so cultivadas em caixotes plsticos de leite parafusados uns aos outros e presos a ganchos no cho. A estrutura foi desenhada para suportar ventos de at 260 km/h, outra exigncia do operador do aeroporto, a Autoridade Porturia de Nova York e Nova Jersey.

Nos primeiros meses, a fazenda ficar fechada ao pblico. Na primavera [do hemisfrio norte], aps a aprovao de vrios rgos, a JetBlue espera iniciar programas educacionais para estudantes. No futuro, a empresa prev permitir a seus viajantes que visitem o local antes dos voos.

Um dos patrocinadores do projeto a Hain Celestial, que produz os salgadinhos Terra Chips, servidos nos voos da JetBlue desde o lanamento da companhia, em fevereiro de 2000 –no ano passado, mais de 5,7 milhes de pacotinhos de 300 gramas foram distribudos.

Jared Simon, diretor snior de marketing da Hain Celestial, diz que o projeto j tem mudas de um tipo de batata azul –o Adirondack– que eventualmente poder ser usada nos chips servidos a bordo –desde que a safra atenda aos padres de amido, acar e umidade.

So necessrias de uma a trs batatas para cada saquinho de Terra Chips. No h maneira de a diminuta fazenda do aeroporto fornecer um nmero de batatas suficiente. Com sorte, talvez renda algo para menos de 1% da demanda.

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