Destinos brasileiros para viajar com a alta do dólar

Com os novos rumos que a crise política tomou, nos últimos dias, o dólar vem apresentando forte subida em sua cotação. Segundo agências de notícias, a moeda americana chegou a operar a R$ 3,43, na última quinta-feira, 18 de maio.

E como o que a gente quer é ver você na estrada, o Viagem em Pauta selecionou alguns dos nossos destinos preferidos em território brasileiro.

Curiosamente, uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo identificou, recentemente, que 44,4% dos brasileiros nunca viajou a turismo pelo Brasil.

Segundo nota divulgada pelo MTur, para os que afirmaram viajar a turismo, a periodicidade é de uma vez ao ano e as opções de transporte são carro (39,5%), ônibus (38,2%) e avião (20,6% dos entrevistados).

Conheça destinos para viajar pelo Brasil

Norte

Belém (Pará)

Créditos: Eduardo Vessoni

Ciclismo no Parque Estadual do Utinga, em Belém

A capital paraense frustra todas as expectativas de reforçar as velhas imagens daquelas terras amazônicas.

Gastronomia de autor que reúne regionalismo e cozinha internacional sem afetação; pequenos museus de acervo discreto e cenografia caprichada; rituais religiosos que conseguem unir todas as crenças; passeios fluviais sinceros que pouco se parecem às versões engana-turistas de outros destinos brasileiros da Amazônia; e uma floresta amazônica que fica bem ali na porta de casa.

Manaus (Amazonas)

Créditos: Eduardo Vessoni

Final de tarde na Amazônia, próximo a Manaus

Outro destino amazônico recomendado para a temporada de outono é a a capital do Amazonas que, apesar das altas temperaturas, é destino para quem quer conhecer uma das principais florestas tropicais do planeta.

Em junho, por exemplo, pode-se navegar entre igapós e igarapés, visitar cachoeiras e nadar em praias fluviais.

Presidente Figueiredo (Amazonas)

Créditos: Embratur/Divulgação

Caverna Refúgio do Maroaga

Localizado no Baixo Rio Negro, a pouco mais de 100 km de Manaus, o município de Presidente Figueiredo tem mais de 100 quedas d’água catalogadas e é declarado a “Terra das Cachoeiras”.

Tudo isso em plena floresta e entre grutas, cavernas e quedas de todos os tamanhos. Na época da cheia de rios, entre fevereiro e junho, dá até para fazer rafting, boia cross, caiaque, tirolesa e rapel.

Monte Roraima (Roraima)

Créditos: Roraima Adventures/Divulgação

Vista do Monte Roraima

O Monte Roraima, uma das mais antigas montanhas do planeta, está no extremo norte desse estado amazônico, nas fronteiras com a Venezuela e a Guiana, e é um dos picos mais altos do Brasil, com 2.875 metros de altitude e 40 km² de extensão, aproximadamente.

Esse tepui, como são chamadas as mesetas de paredões verticais e topo plano, abriga piscinas naturais de água gelada, devido ao fundo formado por cristais de quartzo.

Jalapão (Tocantins)

Créditos: Eduardo Vessoni

Fervedouro do Soninho, no Jalapão

Com uma densidade demográfica que não chega a um habitante por km² e vegetação semelhante às das savanas africanas, o Jalapão é um dos destinos turísticos mais isolados do Brasil.

A paisagem árida abriga montanhas em forma de platô, dunas móveis, cachoeiras, praias de água doce e poços naturais cristalinos que não deixam o visitante afundar, conhecidos como fervedouros ou ressurgência, um fenômeno em águas borbulhantes.

Nordeste

Aracaju (Sergipe)

Mas Aracaju é, sim, daqueles lugares que surpreendem forasteiros com opções que a gente não esperava em terras nordestinas. Tem museu com salas multimídia que fazem o visitante viajar o estado sem sair da capital; banco de areia que vira praia, em dias de maré baixa; e até pôr do sol, diante do mangue.

Com quase 600 mil habitantes e um litoral de 35 km, aproximadamente, a capital do menor estado brasileiro é a pequena notável do Nordeste.

Rio São Francisco (Sergipe)

Créditos: Eduardo Vessoni

Rapel no rio São Francisco, em Canindé do São Francisco, no extremo noroeste de Sergipe

Desde que viu surgir cânions navegáveis, após a construção da Hidrelétrica de Xingó, no extremo noroeste de Sergipe e em pleno rio São Francisco, o município de Canindé de São Francisco virou uma espécie de meca do turismo sergipano.

Aquelas águas represadas deram lugar ao Cânion do Xingó, localizado em um vale de 65 km de extensão e com uma profundidade média de 150 metros, onde é possível navegar a bordo de catamarãs, fazer passeios em pequenas embarcações que cruzam corredores estreitos do cânion, fazer rapel e até praticar Stand Up Paddle.

Litoral sul  da Bahia

Créditos: Eduardo Vessoni

acumã, praia que fica no roteiro que vai de Trancoso à Praia do Espelho, no litoral sul da Bahia

Muito antes do Brasil virar Brasil, essa região cenográfica já arrancava adjetivos em cartas e relatos históricos de quem passava por ali.

Piscinas naturais que emergem bem na beira da praia, durante a maré preguiçosa; falésias imponentes que se erguem sobre nossas cabeças, como se espiassem o mar ali em frente; e uma sequência de outros cenários que só podem ser vistos por quem chega a pé ou de bicicleta.

Mangue Seco (Bahia)

Localizado em uma península, a 220 km de Salvador (BA), Mangue Seco é o destino pé na areia com melhor infraestrutura e que vive sob as sombras de coqueiros e de Tieta, a personagem de Jorge Amado que deu fama à região.

Próximo à Praia do Saco, em Sergipe, esse destino do litoral norte da Bahia tem ruas de areia, dunas para passeios e praias (quase) desertas.

Maragogi (Alagoas)

Créditos: Eduardo Vessoni)

Praia de Antunes, em Maragogi

A gente nunca sabe se aquelas águas cristalinas são azuis, celestes, verdes ou turquesas, mas seus tons colocaram esse destino alagoano na rota dos endereços mais cobiçados do Nordeste brasileiro.

Uma das mais visitadas de Alagoas, depois da capital Maceió, Maragogi é dona das maiores barreiras de corais do Brasil, possui uma das melhores visibilidades marinhas do País e se orgulha de ser considerada o Caribe brasileiro.

Galos e Galinhos (Rio Grande do Norte)

Créditos: Eduardo Vesson

Por do sol visto da região da Duna do André, em Galinhos

Localizados a 170 km de Natal, na costa norte do estado, esses dois vilarejos rústicos têm charretes e bugues como únicas opções de transporte, lagoas que viram piscinas naturais entre dunas móveis, praias isoladas que surgem e desaparecem no ritmo da maré, montanhas de sal que riscam o horizonte das salinas locais e um mangue que serve de cenário para passeios gastronômicos de barco.

Como carros não entram no vilarejo de Galos e devem ficar em um estacionamento de Pratagil, de onde saem os barcos que navegam por 10 minutos até a região, a sensação é sempre a de estar desembarcando em algum lugar onde o turismo ainda não chegou (e que seja assim por muito tempo).

Barra do Cunhaú (Rio Grande do Norte)

Créditos: Eduardo Vessoni

Barra do Cunhaú

Do outro lado do estreito rio Catú, onde carros seguem sobre jangadas rústicas de madeira até a margem seguinte, a Barra do Cunhaú dá as costas para o turismo de massa e segue a vida na direção dos ventos.

Essa vila de pescadores fica no município de Caguaretama, a 80 km de Natal, e é um dos cenários ainda desconhecidos dos 400 km do litoral potiguar.

Sudeste

Cunha (São Paulo)

Créditos: Eduardo Vessoni

Cunha, a 230 km da capital paulista

Esse destino do interior paulista, a 230 km de São Paulo, no Alto Vale do Paraíba, é um dos poucos endereços do estado que reúnem serra e mar.

Por ali, a viagem tem cerâmicas, campos de lavanda, trilhas cênicas em trechos preservados de Mata Atlântica e mesa farta, no melhor estilo comida de fazenda.

Paraty (Rio de Janeiro)

Créditos: Eduardo Vessoni

Praia Grande de Cajaíba, em Paraty

Além de seu preservado centro histórico tombado pelo Iphan como Patrimônio Nacional, esse destino fluminense tem acesso a cachoeiras e atrações como Trindade, vila de pescadores a 30 km de Paraty, e ao Saco do Mamanguá, uma entrada de mar com 8 km de extensão formada por mais de 30 praias e mangues preservados.

Montanhas Capixabas (Espírito Santo)

Créditos: Eduardo Vessoni

Pedra Azul, nas Montanhas Capixabas

Esse é um dos destinos mais visitados do estado, um roteiro de oito municípios, como Castelo e Domingos Martins.

Famosa pela produção de orgânicos e de culinária com influências europeias, a região é endereço para quem curte aventura, em parques que contam com trilhas, piscinas naturais e estradas cenográficas.

Sul

Florianópolis (Santa Catarina)

Créditos: Eduardo Vessoni

PRAIA DA ARMAÇÃO (SC): Localizada ao lado do Parque Municipal da Lagoa do Peri, essa bela faixa de areia começa na Ponta da Companha e termina no lado sul do Morro das Pedras, de onde dá para observar baleias franca, entre os meses de julho e novembro

Na capital catarinense, a protagonista é a água, em atrações naturais como praias, lagoas e rios.

Uns dizem que são 42. Outros, juram que chegam a 100. O número exato de praias de Florianópolis ainda não é unanimidade, mas todo mundo sabe que algumas das mais belas faixas de areia do Sul do Brasil ficam nesse pedaço de terra do litoral do estado.

E ao longo dos seus quase 420 km², o destino garante opções para todos os estilos de banhistas.

Cambará do Sul (Rio Grande do Sul)

Considerada a ‘Terra dos Cânions’, Cambará do Sul fica a 240 km de Porto Alegre e abriga locais como o Parque Nacional Aparados da Serra, onde acontece uma das caminhadas mais cênicas do Brasil.

A Trilha do Rio do Boi tem grau de dificuldade e 12 km de extensão, pelo interior do cânion Itaimbezinho.

Serra Gaúcha (Rio Grande do Sul)

Gramado, Canela, Bento Gonçalves, São Francisco de Paula e Nova Petrópolis são alguns dos destinos que merecem uma visita nessa região serrana do Rio Grande do Sul.

Enquanto Gramado é o endereço para ver e ser visto, a vizinha Canela é o lugar para estar do lado de fora, cuja atração mais conhecida é a Cascata do Caracol, uma queda d’água de 131 metros de altura.

Centro-Oeste

Chapada dos Veadeiros (Goiás)

Créditos: Eduardo Vessoni

Vista da queda de 120 metros do Salto do Rio Preto I, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás

Localizada no centro do Brasil, essa chapada é um dos mais místicos e desejados destinos de aventura do Brasil.

Esse Patrimônio Mundial Natural pela Unesco abriga cidades como Alto Paraíso, destino dos místicos e alternativos; São Jorge, vilarejo pé na areia que tem acesso às experiências mais aventureiras da região; e Cavalcante, procurada por casais e famílias.

Bonito (Mato Grosso do Sul)

alta a probabilidade de voltar de Bonito com a sensação de ter deixado algo para trás, sem ser visitado.

Localizado a 265 km da capital Campo Grande, Bonito é endereço do rio mais cristalino do Brasil, onde acontecem as famosas flutuações; grutas de milhares de anos que podem ser visitadas sem muito esforço; programas em que ciclistas plantam uma árvore; e, para os mais intrépidos, esportes radicais como o rapel negativo de 72 metros de altura, no Abismo Anhumas.

Serra do Roncador (Mato Grosso)

Créditos: Eduardo Vessoni

Bateia I, uma das opções de cachoeiras na Serra do Roncador, no Mato Grosso

Esse destino mato-grossense, a 380 km de Goiânia, em Goiás, tem atividades que vão desde as de acesso mais fácil como o Vale dos Sonhos, a pouco mais de 60 km de Barra do Garças, até as mais aventureiras como o roteiro no Bateia, localizado na vizinha Serra do Taquaral.

Pantanal (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)

Créditos: Eduardo Vessoni

Observação de onças, no Pantanal Norte, no Mato Grosso

Maior planície alagável do planeta e menor bioma do Brasil, o Pantanal tem 210 mil km² e abriga quase mil espécies de animais (sem contar as 3,5 mil espécies de plantas), segundo o ICMBio.

Mas o ciclo da vida ali tem data para acontecer e planejamento é fundamental para visitar a região.

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