Claudia Sender, presidente da Latam Brasil

Uma combinação nociva de dólar alto, inflação, juros e economia retraída. Nas palavras da presidente da Latam Brasil, Claudia Sender, todos esses fatores, que fizeram de 2016 um dos anos mais desafiadores da história do Brasil, formaram a “tempestade perfeita”. No entanto, ela acredita que o pior já passou e vislumbra um futuro positivo. Não apenas para a aviação comercial, mas para o país como um todo.

“Já conseguimos vislumbrar um período mais positivo. Os indicadores econômicos deixaram de cair e os patamares de vendas estão cada vez mais estáveis”, afirmou a executiva, durante a premiação Agências de Elite, do Club Latam. “Vemos uma queda da inflação, mas precisamos recuperar a indústria para mais um ciclo de crescimento”, completou.

Sender destacou que existem alguns obstáculos que podem impedir o crescimento como a infraestrutura, o sistema tributário que prejudica as empresas e os altos custos para se operar no Brasil, que fazem com que as companhias nacionais percam em competitividade. “Acreditamos muito no Brasil, pois há muito espaço para crescer”, afirmou ela, lembrando que a taxa de viagens por habitante (1/2) é menor do que países como Chile (1) e Estados Unidos (2,5). “Acreditamos também que temos um papel importante, pois a nossa indústria gera renda e emprego. A Latam se estruturou e está preparada para a retomada do crescimento”, finalizou.