Cinco destinos brasileiros para quem ama vinhos

Cinco destinos brasileiros para quem ama vinhos

 

O enoturismo é uma vocação turística que está sendo cada vez mais explorada em alguns cantos do Brasil e tem chamado atenção de viajantes de todo o mundo. Parte da diversão está em visitar vinícolas e conhecer de perto como é produzida a bebida desde o cultivo da uva aos processos de fermentação e amadurecimento.

 

Diferentes regiões do Brasil contam com vinícolas e adegas abertas à visitação e cidades prontas para receber turistas com todo o conforto, incluindo bons hotéis e ótimas redes de restaurantes especializados em harmonizar comidas típicas com os vinhos locais.

 

Quem quer fazer uma viagem diferente, especialmente no inverno, já pode providenciar a compra das passagens aéreas: selecionamos uma lista com as melhores regiões do país para aproveitar o enoturismo.

 

 

No Sul do Brasil, vinhos são uma tradição. O Vale dos Vinhedos, localizado na cidade de Bento Gonçalves (RS), é um destino charmoso que proporciona uma experiência inesquecível, prazerosa e saborosa. Com forte presença da imigração italiana, o município viveu da vitivinicultura durante muitas décadas, tendo despertado para a vocação turística na década de 1970. De lá para cá, tanto a produção de vinhos se desenvolveu na região – o Vale do Vinhedo tem as melhores vinícolas nacionais – quanto o turismo se profissionalizou. Atualmente, a rede de hospedagem é bastante diversificada e acolhedora.

 

Várias vinícolas oferecem passeios que abarcam várias técnicas de produção além de experiências de degustação. São mais de 500 rótulos. Além das vinícolas, o destino conta ainda com o Hotel Spa do Vinho Autograph Collection, um lugar para relaxar e manter um estilo de vida saudável. Onde há bons vinhos, deve haver também boa comida. A cidade é repleta de excelentes restaurantes de comida brasileira e italiana, além de chocolates artesanais.

 

 

Em Santa Catarina, três cidades criaram uma rota do vinho de deixar qualquer turista com água na boca. Lages, Bom Retiro e São Joaquim são responsáveis pela viticultura de altitude, com produções acontecendo entre 900 m e 1.350 m acima do nível do mar. O planalto na região possui condições climáticas favoráveis à vinicultura fina, voltada para a exportação, e os visitantes podem acompanhar a produção de vinhos feitos com variedades refinadas, como cabernet sauvignon, chardonnay, sauvignon blanc, riesling, nebbiolo e pinot noir.

 

Com o crescimento e a profissionalização dos empreendimentos, os passeios têm se tornado cada vez mais interessantes. As cidades também aliam o amor pelos vinhos à gastronomia típica, com restaurantes de menu adaptado às baixas temperaturas locais. O destinos também agradarão aos apaixonados pelo ecoturismo, já que há opções de passeios em trilhas, rapel e canoagem.

 

 

Parece impossível, mas o semiárido nordestino também tem se destacado como um espaço para a produção de vinhos de qualidade. Mesmo com nove meses de seca por ano, a tecnologia permitiu que o Vale do São Francisco fosse cenário para o cultivo de uvas viníferas. Os produtores locais usam a irrigação controlada com águas do Velho Chico entre a Bahia e Pernambuco.

 

No total, quatro municípios aproveitam bem a vinicultura: Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco, e Casa Nova, na Bahia. São mais de 500 mil hectares de vinhedos, muitos deles abertos à visitação.

 

O alto teor de açúcar é a marca principal dos vinhos produzidos no Vale do São Francisco, devido à longa exposição das uvas ao sol durante o ano. Para harmonizar, o Bodódromo, em Petrolina, é um dos melhores espaços gastronômicos, sendo um complexo com dez restaurantes de comida típica: carne de bode e carneiro.

 

 

A cidade de São Roque, a 60 quilômetros de São Paulo, é um dos destinos de enoturismo mais conhecidos no Brasil. Por estar na região serrana, o clima favorece a produção e é também um convite aos amantes da bebida milenar. O município dispõe de um roteiro pelas vinícolas de mais de 10 km, permitindo que o visitante acompanhe de perto a colheita das uvas e a fabricação do vinho, com direito à degustação.

 

Como a maior parte das vinícolas está disposta na zona rural de São Roque, o passeio não fica restrito à aproveitar vinhos. O turismo rural é outra forte vocação da cidade e várias vinícolas contam com atividades voltadas ao campo, como passeios de cavalo e pônei, além da pesca.

 

São Roque harmoniza sua produção de vinhos com uma rede de restaurantes portugueses e italianos com cardápio atrativo na Estrada do Vinho. Adegas, pousadas e mercearias vendem ainda produtos típicos ótimos para levar para casa depois da viagem, como salames, queijos, compotas e doces caseiros.

 

 

No Sul de Minas, a cidade de Poços de Caldas é o principal destino para amantes do vinho. O município conta com a fazenda experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que apoia os produtores locais, incluindo os que fabricam vinhos. O destino ainda não conta com tantas opções de vinícolas para serem visitadas, mas é possível aproveitar uma boa bebida na rede de restaurantes, com gastronomia mineira e carta de vinhos locais.

 

Além de Poços de Caldas, o turista pode esticar para outras cidades que também estão despontando na vinicultura, como Andradas, Cordislândia, Três Corações e, mais próxima de Belo Horizonte, Boa Esperança.

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