Casal passa um ano de ‘lua de mel’ viajando por 37 países

Viajar um ano pelo mundo requer, antes de tudo, abertura para o inesperado. Foi esse sentimento que fez o casal Pedro e Florinda Wickbold, 29 e 28 anos, respectivamente, embarcar numa aventura que passou por 37 países e mais de 120 cidades.

A ideia da aventura surgiu em um café da manhã. Recém-casados e um mês depois de ter vendido a importadora de relógios que tinha, Pedro sugeriu a viagem para Florinda. “Não sei de onde tive a inspiração para propor isso. Acho que foi simplesmente uma intuição”, diz ele.

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Créditos: Arquivo pessoal

Pedro e Florinda na área geotermal de Námafjall Hverir, no norte da Islândia

Depois disso, compraram a passagem e partiram rumo à Ásia, onde o percurso se iniciou. Dos cinco continentes, voltaram com uma mistura de sentimentos que os fizeram repensar em todas aquelas verdades absolutas de suas vidas.

“Foi um ano em que, mais do que descobrir tantos lugares legais, conhecemos a nós mesmos. O nosso mundo, aquele único capaz de fazer alguma diferença na relação que temos com a vida. Não adianta o mundo mudar se não trabalharmos a nossa capacidade de ser mais doce, de olhar com carinho, de entender além, de tentar sentir como os outros. Isso foi o mais importante de tudo. E foi só o começo de um aprendizado eterno”, revela Pedro.

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Créditos: Arquivo pessoal

Florinda com uma mulher de uma das tribos que habitam a região de Omo Valley, no sul da Etiópia

Neste período, Pedro e Florinda vivenciaram o início da crise imigratória, na Ilha de Kos, na Grécia; viram a reabertura dos bancos em Atenas em uma das maiores crises financeiras recentes da União Europeia; estiveram no Nepal 10 dias antes do terremoto terrível que assolou o país; subiram um vulcão em atividade escoltados pelo exército da ONU na fronteira do mesmo país com a Eritreia (onde quatro cientistas foram assassinados por rebeldes do país vizinho em 2012), entre outras aventuras.

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Créditos: Arquivo pessoal

Sapateiro em Marrakech, no Marrocos

“Depois de passar por tudo isso, é impossível não se dar conta do tamanho da nossa insignificância. Tudo que tínhamos certeza foi se desconstruindo com a percepção de que a sociedade mensura nosso sucesso pelas coisas erradas”, conta Pedro.

As experiências foram tão ricas e cheias de conteúdo que a La Lampe convidou o casal para uma exposição que vai acontecer na loja da alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1.258, Jardins, em São Paulo, de 25 de agosto a 10 de setembro.

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Créditos: Arquivo pessoal

Pedro em uma das árvores centenárias de Gondar, cidade que foi a última capital do império da Etiópia e é famosa por seus castelos imponentes

Após esse período, o intuito do casal é levar a exposição para escolas e mostrar aos alunos a importância de conviver com as diferenças e como respeitar as decisões do outro torna a vida mais tolerante e feliz.

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