Brasil está entre os líderes na adoção de Internet das Coisas no …

Os
brasileiros são os consumidores mais abertos à adoção de novas tecnologias de Internet das Coisas de
acordo com uma nova pesquisa da Worldpay. E acreditam que esse processo é parte da evolução de como as
empresas e o público se relacionam. Além disso, 81% dos pesquisados
afirmaram que se sentiriam confortáveis em usar a tecnologia em
comparação com outros países abordados como Austrália, China, Alemanha,
Holanda, Cingapura, Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.

Os
consumidores chineses estão logo atrás, na segunda posição entre os
mais receptivos à adoção da Internet das Coisas, com 61% dizendo se
sentirem confortáveis na utilização de dispositivos conectados. No outro
extremo da pesquisa, apesar do Reino Unido ser um dos países mais
preparados do mundo para aplicações de IoT, ocupa a última posição da
lista. Somente 23% dos ingleses participantes da pesquisa gostariam de contar com um
dispositivo conectado para fazer pedidos de produtos em nome deles, de forma automatizada.

O
levantamento também revelou que brasileiros acreditam que a tecnologia
IoT será responsável por tornar o cotidiano mais fácil e prático. Apenas 43% dos pesquisados disseram que fariam questão de aprovar cada
compra antes de o pedido ser feito pelo dispositivo.

Ao mesmo tempo, o
consumidor brasileiro tem algumas restrições na maneira como gastam seu
dinheiro com 78% optando por manter o controle de seus orçamentos e
desejando receber uma notificação antes do processo de compra ser
concluído. Além disso, 67% dos consumidores brasileiros preferem
estabelecer regras para compras como limitar o valor que pode ser gasto a
cada semana.

Apesar
dos brasileiros serem mais propensos à adoção dos dispositivos
conectados, a privacidade dos dados pessoais é uma preocupação para 74%
dos pesquisados que se interessam em saber como as empresas compartilham
seus dados pessoais e um índice ainda maior (82%) se preocupa com o
risco desses aparelhos serem invadidos por hackers.

A
pesquisa foi conduzida por Opinium em junho de 2017 e entrevistou 20
mil consumidores sobre a Internet de Coisas na Austrália, Brasil, China,
Alemanha, Holanda, Cingapura, Espanha, Suécia, Estados Unidos da
América e Reino Unido. O relatório Completo do Consumidor Conectado está
disponível mediante solicitação. No Brasil, o estudo entrevistou 2.014
consumidores.

Plano Nacional de Internet das Coisas
Os dados estão em linha com os estudos que deverão embasar o Plano Nacional de Internet das Coisas, finalizado esta semana pela  Câmara de Internet das Coisas (IoT). Comércio foi uma das 10 áreas apontadas como promissoras. Mas o governo acabou escolhendo como áreas prioritárias para as políticas públicas as Cidades Inteligentes, a Sáude, o Agronegócio e a Indústria 4.0.

Internetdascoisas

No caso das Cidades, o objetivo é elevar a
qualidade de vida por meio da adoção de tecnologias e práticas que
viabilizem a gestão integrada dos serviços para o cidadão e a melhoria
da mobilidade, da segurança pública e da gestão dos recursos (energia,
esgoto e resíduos).

Já em Saúde, o desenvolvimento do setor de IoT
deve contribuir para ampliar o acesso da população aos serviços de
saúde de qualidade por meio da descentralização da atenção à saúde, da
integração das informações dos pacientes e da melhoria de eficiência das
unidades de saúde.

No Agronegócio, a expectativa é aumentar a
produtividade e a relevância do Brasil no comércio mundial de produtos
agropecuários, com elevada qualidade e sustentabilidade socioambiental,
além de posicionar o país como o maior exportador de soluções de IoT para agropecuária tropical.

Por fim, a Internet das Coisas deve resultar no
aumento da produtividade da indústria brasileira por meio de processos
mais eficientes e flexíveis, da integração das cadeias produtivas, e do
desenho de produtos e modelos de negócios de maior valor agregado.

Dentro dessas frentes, o estudo aponta quatro
áreas que demandam ações importantes para a evolução da Internet das
Coisas no país: capital humano, inovação e inserção internacional,
aspectos regulatórios e infraestrutura de conectividade.

Nessas áreas estão previstas ações de governo com o objetivo de ampliar a força de trabalho qualificada em IoT;
aprimorar modelos de remuneração, financiamento e contrato para
serviços públicos; a criação de um marco regulatório para proteção de
dados pessoais; e ampliar a oferta de redes de comunicações para
suportar a demanda pelos serviços.

 Entre as propostas, três são
consideradas “mobilizadoras” para o desenvolvimento do setor de IoT no Brasil: a criação de um ecossistema de inovação; a construção de um Observatório de IoT, uma plataforma online para acompanhamento das iniciativas do Plano Nacional de IoT;
e a elaboração de uma cartilha para gestores públicos, sobretudo, para a
contratação de soluções de Internet das Coisas para cidades
inteligentes.

O plano de ação do estudo de IoT
deve ser apresentado na próxima terça-feira, 3 de setembro, durante a Futurecom..

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