CS100 já está em serviço desde julho, enquanto o CS300 entrará em cena no último trimestre deste ano

A Bombardier se tornou mais uma fabricante a atrasar a entrega de suas aeronaves por conta da Pratt Whitney, empresa desenvolvedora de motores para aeronaves comerciais e militares. De acordo com a empresa canadense, apenas sete aeronaves da família CSeries serão entregues este ano, menos da metade do que foi prometido anteriormente (15 unidades), por conta de atraso também nas entregas dos motores turbofan PW1500G.

Tanto a Bombardier quanto a PW enfatizaram que os motores que alimentam o CS100, aeronave que entrou em serviço em julho pelas asas da SWISS, estão com um desempenho bastante satisfatório, diferente dos problemas encontrados por clientes que adquiriram aeronaves da família A320neo motorizados por PW1100G.

No entanto, o aumento de produção dos motores GTF, que também alimentam as aeronaves da fabricante francesa, está se tornando um desafio para a Pratt. “Em termos de produção, tivemos progressos significativos na cadeia de abastecimento de nossas linhas de produção, mas há alguma pressão sobre novas entregas de motores para este ano”, disse um porta-voz da desenvolvedora norte-americana de motores.

De acordo com o presidente da Bombardier Commercial Aircraft, Fred Cromer, a fabricante está “trabalhando em conjunto com a PW para resolver rapidamente este problema do ritmo de produção e assegurar que temos uma base consistente de fornecedores, que estejam preparados para nossos objetivos e estratégias de crescimento a longo prazo. Estamos bastante confiantes nos planos de aumento de produção, o que auxilia nossa meta de produção de 90 a 120 aeronaves por ano até 2020”, disse.

SWISS planejava receber até nove CS100s este ano

A canadense deve entregar o terceiro CS100 a SWISS em outubro, companhia que já tinha planejado receber até nove aeronaves do mesmo modelo em 2016, com entregas crescendo de uma para duas unidades por mês entre outubro e dezembro. A variante maior, o CS300, permanece escalado para entrar em serviço pelas asas da airBaltic no último trimestre deste ano, ainda de acordo com a própria fabricante.