Boeing está mais otimista no possível desenvolvimento de nova aeronave midsize, diz VP

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Boeing quer criar uma aeronave que preencheria um gap entre B737s e B787s, o que ganharia mercado da família Airbus A320neo

A Boeing não consegue mais esconder a volúpia de desenvolver novas aeronaves a fim de aumentar e diversificar ainda mais o seu portfolio atual. Em entrevista, durante o anúncio das previsões de mercado, em Bruxelas, o VP de Marketing da Boeing Commercial Airplanes, Randy Tinseth, não pôde deixar de comentar sobre o otimismo da empresa em criar uma nova aeronave que preencheria um gap na sua linha de produtos, embora saiba que o momento certo para criar e produzir em larga escala um equipamento como este ainda está relativamente longe.

“Eu diria que hoje estamos mais otimistas do que estávamos anteriormente em relação ao desenvolvimento de uma nova aeronave conhecida como ‘middle of the market’”, disse Tinseth. Para ele, outros projetos também são considerados extremamente importantes e estão à frente de qualquer novidade. Por exemplo: a Boeing precisa iniciar os serviços oficiais do B737 MAX já no ano que vem, enquanto já se preocupa com a criação do B787-10, a maior variante da família Dreamliner, que precisa estar pronto em 2018, sem falar no desenvolvimento do B777X, que acontecerá até 2020. “Portanto, qualquer coisa que façamos, será após o término de todas estas etapas”.

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B777X precisa estar pronto até 2020

Como já destrinchado pelo ME, a Boeing segue sob pressão em relação a produção de uma nova aeronave que preencheria um gap entre a maior variante do B737 MAX e a menor variante do B787. A fabricante, que prevê uma demanda de pelo menos 2.000 aeronaves midsize para o setor comercial nos próximos 15 anos, já estuda possíveis definições da aeronave, como o número de assentos e os quilômetros de alcance, por exemplo.

A previsão é que a nova aeronave tenha entre 220 e 280 assentos, com um alcance que pode ultrapassar 8000km, bem acima dos quase 6000km de alcance do B737 MAX 9 (que ainda não entrou no mercado) e dos 7380km de alcance máximo do Airbus A320neo. Especialistas acreditam que a Boeing precisa se mexer rapidamente e achar uma solução para este gap em um mercado em que a Airbus têm cerca de 60% do share.

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Antes de criar uma nova aeronave, Boeing precisa colocar o B737 MAX 10 em serviço

“A Boeing precisa fazer alguma coisa porque o 737 não compete contra ele (A320neo). Então a questão é essa, a Boeing precisa criar uma aeronave para, além de resolver o gap entre o 737 e o 787, entrar no mercado entre as famílias A321 e A330, onde não há participação alguma da fabricante norte-americana no momento”.

                                                                                                                               Com informações da Reuters

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