Ásia, um destino barato, paradisíaco e transformador

Viajando pelo mundo nestes últimos 13 meses, passamos por 26 países antes de nos despedirmos da Ásia e, sem dúvidas, este foi o continente mais barato, paradisíaco e transformador de todos que já tínhamos passado até então.

A Nova Zelândia guarda uma beleza tão incrível que supera os asiáticos, mas isso vai para um post posterior. Se já quiser ir acompanhando just in time siga nosso Instagram, ou se inscreva no nosso canal no Youtube.

Estivemos em 11 países só na Ásia. Começamos em Israel e nos despedimos pela Indonésia, onde rolou até uma tatoo para registrar a volta ao mundo. De lá, seguimos para a Nova Zelândia e depois Australia, onde pretendemos ficar até Agosto, quando partiremos para o continente africano. Pretendemos cruzar a Tanzânia, Malaui, Zâmbia, Zimbábue, Botsuana, Namíbia, África do Sul e depois seguir para um voluntariado no Quênia. Claro que vamos compartilhar isso tudo por aqui, pelo Instagram e Youtube.

Para compreender o que a Ásia foi para nossa volta ao mundo, temos que começar pelo Oriente Médio. Este nos inseriu na cultura Judaica e Islâmica de uma forma bastante profunda. Isso contribuiu na quebra de paradigmas e aumentou as dúvidas e incertezas sobre tudo que acontece ali. Encontrar meninos e meninas de 18 anos armados com metralhadoras em todos os cantos, inclusive ser farda, traz um certo susto inicial, que com o tempo vai passando, por conta da tranquilidade e segurança que Jerusalém transmite ao visitante. Além disso, visitar um bairro ortodoxo em Jerusalém é algo bastante rico. A fé praticada por crianças que parecem viver em um outro mundo é realmente forte.

Na Índia, encontramos as melhores comidas do mundo e passamos por um turbilhão de informações em cada vila ou cidade que entrávamos. Vimos um crematório a céu aberto em Varanasi, ao lado do Ganges, um templo com ratos, muitas vacas pela rua e uma falta de higiene que é difícil descrever. O mais assustador é perceber que não há nenhuma revolta pela condição desigual que vivem, pois todos acreditam no carma e o sistema de castas controla toda essa desordem. Ver crianças de aluguel no colo de falsas mães nos semáforos funciona como um tapa na cara até do mais frio dos viajantes.

Depois, no Nepal, ver o sol surgindo por detrás do Himalaia e colorindo de vermelho e branco toda a cordilheira é algo impagável. Sentados no topo de uma montanha, refletíamos sobre a grandiosidade do mundo e o tamanho do privilegio que temos de poder viver tudo isso que ainda estamos desfrutando nessa viagem de volta ao mundo.

Créditos: Arquivo pessoal

Nossa passagem por Katmandu, Nepal

Nas Filipinas encontramos praias e cachoeiras incríveis. Mergulhamos com tubarão baleia, navegamos por um rio subterrâneo e vimos o por do sol mais vermelho da viagem. Depois passamos por Singapura e Malásia, até chegarmos na Tailândia onde passamos o natal e réveillon. Em Bangkok comemos escorpião, vimos a adoração daquele povo pelo seu rei, que havia falecido recentemente. Ali tivemos mais contato com a cultura budista e começamos a nos questionar sobre muitas questões religiosas, que na Ásia está presente em absolutamente tudo.

Depois seguimos para o Laos, em uma viagem de dois dias navegando pelo rio Mekong, até Luang Prabang. Ali acordamos muito cedo para ver a ronda das almas. Um ritual budista onde os moradores doam, todos os dias, a comida que os monges e aprendizes vão consumir naquele mesmo dia. Um ritual de humildade e amor ao próximo que só estando ali se pode sentir.

Créditos: Arquivo pessoal

A Bela doando um punhado de arroz a um dos noviços.

Em Mianmar tivemos contato com o povo mais pacífico e acolhedor de todos os lugares que estivemos. Talvez tenha sido o lugar mais genuinamente budista de toda viagem. Os templos de Bagan são de tirar o fôlego pela beleza e história que o lugar carrega.

O Vietnã nos mostrou uma outra versão da guerra que por eles é chamada de “invasão americana”. Visitamos os tuneis utilizados na guerra, atiramos com um fuzil AK 47, visitamos o quartel general em que os americanos saíram fugidos. Apesar de se intitular uma República Socialista e ter apenas um partido, o Comunista, o Vietnã parece viver um capitalismo fortíssimo. Por todo lado se vê bancos dos mais distintos cantos do mundo. Nas cidades mais movimentadas, não faltam lojas de roupas de grifes, joalherias de renomados designers internacionais e carros dos mais luxuosos e famosos do mundo. Atravessamos o país de norte a sul, viajando em um trem bastante limpo, confortável e em alguns trechos com um visual incrível.

Créditos: Arquivo pessoal

As lanternas a venda na feira da cidade antiga de Hoi An, região central do Vietnã.

No Camboja nos sentimos um pouco inseguros pois ficamos sabendo de alguns casos de roupo a turistas, inclusive de uma brasileira que era amiga de uma amiga. Por outro lado, Siem Reap é uma viagem a um filme de histórias místicas.

Créditos: Arquivo pessoal

Isabela relaxando em Phú Quôc Island, Camboja.

A Indonésia foi a despedida no melhor estilo. Lugares lindos, uma comida maravilhosa e uma energia incrível que está presente em todos os lugares. Ubud nos colocou no romantismo do filme “Comer, Rezar e Amar” e ainda nos serviu um café que passa pelo aparelho digestivo de um animalzinho bonitinho e faz desse grão o mais caro do mundo. Este é, sem dúvidas um país que merece um longo tempo de viagem. Há muito o que se ver, sentir e viver ali. Além disso, os preços por lá são incrivelmente baixos e a viagem fica bastante em conta.

Acho que por isso e muitas outras coisas que não caberiam aqui, que sentimos muita dor ao deixar a Ásia. O que anima é que ainda tem muito por vir.

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Um casal que trocou a normalidade da vida de advogado e de comissária de voo, por uma fascinante volta ao mundo de 18 meses. Venha conosco nessa viagem!

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