As feiras de vinhos na França – Tribuna do Norte

Foire aux Vins (Feira de Vinhos) esta é a frase mais comum nos supermercados e lojas de vinhos franceses entre os meses de setembro e outubro aqui na França. Supermercados como o Carrefour, E. l’Eclerc, InterMarché, Auchan, Casíno, e as grandes redes de lojas de vinhos: Lavinia, Nicolás, Monoprix entre outras. Os descontos variam de 10% a 50%, gerando algumas oportunidades de compras interessantes.

Lojas especializadas em vinhos detém 48% das vendas.  A loja Nicolás tem desconto para champagnes e o cavista indica as novidades

Lojas especializadas em vinhos detém 48% das vendas. A loja Nicolás
tem desconto para champagnes e o cavista indica as novidades

Mesmo assim, segundo dados extra-oficiais de sites não governamentais, 48% das compras feitas pelos consumidores mais experientes acontece nas vinothèques locais, isto é, lojas especializadas em que os cavistas (especialistas na área) apresentam as melhores ofertas no que tange aos melhores e mais singulares e pequenos produtores, além de oferecerem aos consumidores uma verdadeira consultoria em termos de orientação de compra.

Em geral estes cavistas adquirem suas preciosidades diretamente das vinícolas e/ou de negociantes que intermediam as vendas com as vinícolas. Cabe às vinícolas neste mercado a fatia de 26%, onde compram consumidores com alguma experiência, turistas e visitantes, algo muito comum em países de grande tradição vinícola como a França, onde o enoturismo é uma importante fonte de negócio e renda. Com as grandes superfícies (redes de lojas e supermercados) ficam apenas 17% dessa fatia de mercado, parte que abriga o consumidor comum, onde igualmente se encaixam os nativos, visitantes e turistas, alguns dos quais em visitas providenciais ao país para efetuarem suas compras de vinhos pontuais nesta época.

À minha chegada, as feiras já estava em fase final, apenas com pífias oportunidades de compras. Chegamos a Europa por Milão, do aeroporto a Stazione Centrale della Città, onde apreciamos no Bistrô da Estação Central um Spumante Prosecco La Gioiosa Brut e um Riesling do Veneto, ambos apenas bons, mas tornados especiais para a ocasião. De lá apanhamos um trem para Genebra, e daí uma carona com a dona da casa, Nyedja, que nos acolhera inicialmente na cidade de Prevessin-Moins, França, onde nos encontramos agora (entre amigos e parentes) La Maison do Boys e Marinho, apreciando alguns dos bons vinhos franceses e saboreando a comida típica local da fronteira com Suíça/França onde se valoriza muito os insumos bio, a comida orgânica, livre de defensivos químicos, adubos sintéticos e conservantes, a comida como ela é verdadeiramente.  

Primeiros vinhos degustados na França
A litragem aqui na França é grande quando comparada ao Brasil. Não só porque estamos em viagem, mas, sobretudo porque estamos num país de grande tradição vinícola. No primeiro dia, com a sede em que nos encontramos foram quatro vinhos: Poully-Fuissé Domaine Guerrin Fils 2014, Nuits-Saint George do Nicolas Potel 2010, Bordeaux Grand Enclos Du Château de Cérons 2014 e a preciosidade francesa, o Banyuls Tradirionnel Itinéraire des Saveurs, vinho do Roussillon equivalente ao Porto. Um início fantástico para o primeiro dia em França, sinalizando que temos muito a descobrir neste país de grande tradição vinícola. Na manhã do dia 09 de outubro (segunda feira passada) viajamos à Champagne para visitar algumas das Maisons (casas) mais importantes da região, que serão mencionadas aqui com seus vinhos e história ma próxima oportunidade. 

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