Arrábida, uma pérola à beira Sado

Tomemos uma ida a banhos como ponto de partida e, logo aí, a escolha é difícil. Começando pela sobejamente conhecida praia da Figueirinha, passando por Galápos ou pela galardoada praia de Galapinhos, eleita a melhor da Europa em 2017, a praia do Creiro ou o do Portinho da Arrábida.

Certo é que este ano, e pela primeira vez, não encontrará as estradas da serra congestionadas, já que a autarquia proibiu o trânsito automóvel ao longo da época balnear.

Como alternativa pode escolher entre o estacionamento pago na Figueirinha e os vaivéns disponibilizados pelo município, alguns gratuitos, nos quais poderá visitar até mais do que uma praia num só dia sem ter de pensar nas infinitas filas de trânsito.

Mas e quando a fome aperta? Muito bem, se estiver na praia de Galápos pode, entre os banhos, refrescar-se ou até comer algo no restaurante/bar ‘Ondagalapos’, sem sair do areal.

Se preferir deixar a areia mas, ao mesmo tempo, continuar a apreciar uma vista sobre o mar, só terá de apanhar o vaivém mais à mão e seguir até ao Portinho da Arrábida, onde poderá escolher entre os três restaurantes disponíveis, dois deles precisamente acima da água.

Como digestivo, porque não uma visita ao museu Oceanográfico, também no Portinho da Arrábida? A dois minutos a pé dos restaurantes, o museu é uma janela privilegiada para a vida subaquática. O mar, sempre a perder de vista!

Para os mais audazes, a proposta vai para atividades como montanhismo, mergulho, ‘coasteering’ ou parapente. O Centro de Atividades e Montanha, na praia do Creiro, é o ponto de partida.

Do mar para o campo, e porque o chá acalma o coração, a Quinta do Lapidário, em Azeitão, traz calmaria. O local onde pode provar doçaria e licores da região e ainda pôr-se à prova num workshop de azulejaria portuguesa.

As famosas tortas de Azeitão não são esquecidas. Caseiras, são confecionadas a partir de uma receita secular.

Cansado, já?! Na Serra da Arrábida ainda há espaço para jantar. De volta à praia do Creiro encontra o restaurante/bar ‘O Zeca’, gerido há quatro anos por dois irmãos que decidiram dar vida à sua praia de infância. Ali pode apreciar desde a cozinha típica setubalense até à tradicional portuguesa.

Se ainda houver fôlego poderá prolongar a noite e dar um pezinho de dança nos ‘sunset’ organizados pela casa e que juntam a música de DJ ao conforto do areal. 

Geologia que impressiona
Com uma história geológica rica, a cordilheira da Arrábida estende-se por cerca de 35 quilómetros e incluiu elevações como a serra do Risco, do Louro, de S. Luís e a própria serra da Arrábida que, no seu ponto mais alto, atinge os 501 metros.

O maciço da Arrábida começou a ser formado há 18 milhões de anos. 

Onde comer e o que fazer
Enoturismo. Numa visita à Casa Museu José Maria da Fonseca, Azeitão, pode conhecer as adegas onde repousam os mais antigos Moscatéis de Setúbal. 

Selfie. A rampa de parapente, em plena Arrábida, tornou-se paragem obrigatória para os visitantes registarem as famosas selfies. Vale mesmo a pena. 

Convento da Arrábida. Construído no séc. XVI no alto da serra. São 25 hectares em harmonia com a natureza. Pode ser visitado mediante marcação. 

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